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Vitorino Campos primavera-verão 2015/16

16.04.2015

“Uma menina má querendo ser boa ou uma menina boa querendo ser má?”. É com esta frase que Vitorino Campos começa a descrever sua primavera-verão 2015/16, inspirado pelo relacionamento de Patti Smith com Robert Mapplethorpe. De menina, boa ou má, este desfile tem muito, mas também de mulheres e de garotos. Ele pega peças-chave e trabalha em cima delas: o suéter, a camiseta e as camisas. O tricô do suéter se desdobra em blusas de ombro à mostra, as minissaias são, de fato, curtíssimas e dão uma cara de lolita pras garotas. Mais adulta, a simplicidade da camiseta branca com bermudão estampado, camisas com zíper enorme, frontal, no lugar dos botões, o híbrido de escarpin e mocassim com salto de acrílico e madeira respondem pela sequência mais casual da apresentação, até que tudo deságua nas transparências da seda bordada com pétalas costuradas deixando um efeito 3-D.

E falando em bordados… O vichy no algodão ganha um reforço artesanal com bordados de bastidor feitos à mão com matéria-prima e técnica da Maison Lesage: cada peça tem 9 técnicas diferentes, dos relevos mais texturizados que formam as iniciais VC aos microcanutilhos cheios de brilho. O “VC” de Vitorino também aparece quase camuflado nas bandanas amarradas no pescoço das modelos e presas com as alianças desenvolvidas por ele em parceria com a joalheira Talento, todas com um “Ti amo” gravado, bem fofo. E sabe a bolsa toda estruturada que as modelos carregam? É uma bolsa-lancheira! Totalmente revestida com material térmico, pra levar o lanchinho da tarde sem perder o charme! (Aurea Calcavecchia)

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