Coven outono-inverno 2016

21.10.2015

Cult é a palavra-chave desse 1º desfile da Coven no SPFW (a marca desfilava no Fashion Rio), de outono-inverno 2016. Ela mora rodeada por tapeçarias de Genaro de Carvalho, colagens do Cecil Touchon, pinturas do Le Corbusier e ainda não tira o vinil da Laurie Anderson da sua vitrola retrô-moderna – uau! Elegante com essas tiras longas (que consequentemente alongam a silhueta) de tricô, na blusa de gola alta com a manga que sobra e cobre a mão e na calça mais comprida, a manta com figuras abstratas jogada no ombro… e olha que esse é só o 1º look! O comprimento é, em grande parte da coleção, mídi – e vamos democratizar logo o mídi, liberar pra todo mundo. Ele achata? Verdade: mas a moça cult não está preocupada com isso, né? Acho que nem a fashion…

A ideia é que, além dessas obras de arte, parte do décor dessa casa da década de 60 vá pra roupa: aqueles tapetes xadrezes de material mais rústico (inclusive com o couro da poltrona no bolso), os veios da madeira (jacarandá, tá?), o cobertor felpudo (em cores deliciosas, tipo laranja claro com marrom, ou azulão com vinho). Os acessórios, parceria com Luisa Velludo, são geométricos-concretos – se você deixá-los displicentemente em cima da mesa de centro, viram objetos de arte instantâneos. Outra novidade boa que quebra um pouco o clima cheio de referências refinadas e aproxima mais da roupa do dia-a-dia é o jeans – jeans mesmo, não é um “tricô de jeans” do tipo que a marca mineira costuma cometer! Trata-se de uma parceria com a Carrera Jeans, na qual as peças ainda recebem detalhes de tricô que dão todo um charme especial. O resultado é pra uma mulher tão interessante que todo mundo vai querer ser ela, ou conhecê-la! (Jorge Wakabara)

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