Na COP26, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, realizada em Glasgow, na Escócia, a moda teve pela primeira vez uma participação relevante.
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Entre os nomes conhecidos que discursaram no evento, estão Greta Thunberg, Barack Obama e Leonardo DiCaprio (foto), além de estilistas como Stella McCartney, que apresentou um projeto especial.
A estilista britânica, conhecida por seu ativismo ambiental assim como Vivienne Westwood, criou a exposição "O Futuro da Moda: uma conversa de inovação com Stella McCartney".
Na expo, ela mostrou as possibilidades de novos materiais sustentáveis, como o couro de cogumelo, que acaba de virar uma bolsa em sua nova coleção (clica aqui!).
Seu pai, o eterno Beatles Paul McCartney, enviou um comunicado aos líderes presentes exigindo que reconheçam o impacto da pecuária nas mudanças climáticas.
A indústria da moda brasileira também marcou presença. A Malwee lançou um laboratório de inovação para incubar produtos e processos sustentáveis de moda, o "Malwee Transforma".
Entre as iniciativas, estão programados mais de 10 lançamentos ligados ao "Malwee Transforma" em 2022, integrando redução do uso de água e energia com reciclagem e upcycling.
A Renner participou de um painel sobre circularidade na moda, trazendo informações sobre programas de logística reversa, reutilização de resíduos e gestão ecoeficiente.
A empresa Fibertex Nonwovens apresentou um painel sobre não-tecidos sustentáveis fabricados a partir de plástico PET reciclado, que deram origem a calçados feitos com até 100% de material reciclado.
Mas quem mais brilhou foi a ativista indígena brasileira Txai Suruí, de 24 anos. Ela criou o Movimento da Juventude Indígena em Rondônia e representou os povos originários.
Após seu discurso na COP26, a estudante de Direito foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro, que não estava na conferência e a acusou de "atacar" o Brasil.