A, B e C são só letras que precisam se juntar a outras pra virar palavras e ganhar significado. Mas pra Yvette Yang, não – a designer gráfica coreana acredita que imagem é mensagem. Por isso, as letras dos alfabetos fashion que cria não tem que entrar em uma determinada ordem pra fazer sentido: elas têm sua linguagem própria. Desde 2007, ela desenvolve abecedários com tipos feitos a partir de recorte e colagem de fotos de peças de roupa e acessórios a cada temporada de moda – vale aquela it-bag da Chanel ou uma ankle boot que passou pela passarela de Isabel Marant… Letras – e grifes também, já que uma outra série de trabalhos da artista remontou os logos de marcas famosas (de Sonia Rykiel a Burberry) com itens clássicos de seus respectivos acervos. Sua obra ficou tão comentada que foi parar até nas páginas de edição coreana da revista “Vogue“.
Mais: do seu início de educação formal (em Sidney, na Austrália), ao desenvolvimento de seu conhecimento no Samsung Art & Design Institute (em Seul, na Coréia do Sul) até o curso de mestrado em design gráfico que faz atualmente (na Holanda!), muitos outros projetos foram feitos. Entre os mais legais está o “Past and Present“, 1 e 2. Eles se dedicam à discussão do que é o novo e de quando algo deixa de sê-lo (o que tem muito a ver com a periodicidade de seu trabalho com a moda, sincronizado com o tempo das temporadas, que acontecem de 6 em 6 meses). Em um livro, folhas com imagens impressas foram usadas como base para a impressão de outras imagens, numa sobreposição de temas. No outro livro, um contraponto com o mais limpo e rico tipo de papel branco, que recebeu mensagens que devem ficar para o futuro.
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