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Uma joia de escultura

05.01.2012

Nádia Taquary nasceu em Salvador e foi criada no interior da Bahia, onde começou a se aventurar pela joalheria, fazendo brincos e colares pra si própria com as técnicas que aprendia com o pai em sua oficina nos fundos da casa, em Valença. A princípio escolheu as palavras, não os acessórios, pra serem o foco de sua carreira, mas foi nos textos sobre cultura africana que ela trilhou o caminho de volta pro ateliê.

O livro era “O círculo das contas“, da historiadora Solange Godoy, publicado pelo Museu Carlos Costa Pinto, que conta o caminho das joias das negras, da África ao recôncavo baiano. Inspiração suficiente pra ela entrar numa pós-graduação de Belas Artes, na UFBA, pra conhecer mais sobre o tema. Daí surgiu sua marca, a Olorum Bamim, nome iorubá que significa “proteção do Deus maior”. Ela cria joias em tamanhos máxi, que se confundem com – e são – esculturas.

Este ano ela se dedica ao caminho do Sudão até aqui, inspirada pelos povos que vivem aos pés da montanha Nuba, que dá nome à coleção, no país africano. Os tamanhos prometem ser tão grandes quanto o de costume – “vestindo” com facilidade grandes vasos e cobrindo totalmente alguém do tamanho de Ana Cláudia Michels, como é o caso na edição de dezembro da revista “Mag” – e feitos exclusivamente em madeira, com destaque pras de demolição e origem certificada. Legal, né? Aí na galeria você vê as aplicações das joias-esculturas da artista!

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