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Roteirão de Berlim – além de comprar, onde ir na capital alemã!

20.11.2010

A cidade que foi palco de pelo menos 2 acontecimentos históricos que você aprendeu na escola: Hitler e a queda do muro. Mas ao mesmo tempo, é um dos locais mais quentes da Europa hoje: Berlim respira história e contemporaneidade, tudo junto, é bem barata comparada com suas vizinhas-colegas e recepciona muito bem seus turistas. Aqui quase todo mundo fala inglês e é solícito – e tem de H&M a Galeries Lafayette. Sim, fashionista: consulte seu agente de viagens, compre seus euros e mude já aquela passagem! Mas se o Blog LP ainda precisa te dar argumentos pra além das compras que vão lotar a sua bagagem… Veja abaixo!

. A cidade é recheadíssima de museus. Está com pouco tempo ou não quer fazer esse tipo de programa todos os dias? Vá direto ao ponto: o Hamburger Bahnhof tem uma coleção permanente ótima de arte moderna. É lá que você vai ver o “Mao” de Andy Warhol em tamanho giga – e tirar uma foto do lado dele, claro, pra mostrar como ele é grande. Sem flash, OK? Até dia 6/02, o Hamburguer também está com uma exposição, no mínimo, exótica: é a “Soma“, de Carsten Höller. O artista começou a pensar no Soma, que é o alimento divino citado em textos hindus sagrados e ingerido pra alcançar iluminação, e fez uma espécie de instalação-experimento: 12 renas, 24 canários, 8 ratos e 2 moscas fazem parte do projeto e ficam “vivendo ali”. A ideia é reproduzir um estudo científico fictício, no qual as renas estariam comendo cogumelos e a urina delas seria ministrada pros outros animais pra saber se isso seria o Soma. Visual e conceitualmente impactante. Quem quiser pode “alugar” a cama que fica no meio da exposição, no alto, entre as renas, e passar a noite lá! Está a fim? Um dia a menos de hotel…

. Mais arte pra quem quer mais arte: a KW é outra boa pedida: a galeria conta com exposições de arte contemporânea de qualidade, e a região em que ela fica é cheia de outras pequenas galerias – dá pra gastar uma tarde inteira por lá e se deparar com coisas incríveis – mesmo! Já no Guggenheim de lá, que fica em Mitte, a expô que está em cartaz até 10/01 é a “Color Fields“, que dá conta do uso das cores na arte abstrata dos anos 60 e 70. Blocos de cores – bem tendência fashion!

. Pra se hospedar: um dos lugares mais bacanas é o Casa Camper Berlin, em Mitte. Além de ser um hotel design lindo, ele traz uma ideia ótima: o último andar é um centro de convivência que funciona 24 horas com comidinhas disponíveis de graça pros hóspedes!

. Dizem que Berlim tem uma das melhores night lifes de toda a Europa. É verdade: tem opção pra todos os gostos. Blog LP recomenda a SHADE Inc., festa underground com frequência maior de meninos gays e divertidíssima – às vezes Michael Stipe e o namorado podem colar lá, por exemplo… Também tem a Weekend, no 12º andar de um prédio, com programação variada – o DJ Timo Maas tocou lá na semana passada! E a Berghain é imperdível pra club kids, com fama de ter sempre a melhor música eletrônica do mundo (uau!) em uma fábrica desativada. Claro: é bom olhar a programação antes de ir pra saber a melhor opção.

. Está de ressaca mas, claro, não quer ficar no hotel na noite seguinte? A sugestão é o bar com jazz ao vivo B-Flat. Tranquilo (mas bem cheio), serve tostex e drinques. Tome um não-alcoólico: Blog LP experimentou o Ipanema (sério, o drinque chama Ipanema!) e adorou, cítrico e levinho!

. Pra comer: tipo SP, existem opções de culinária do mundo inteiro. Vietnamita, japonesa, italiana, francesa, espanhola… Se você estiver disposto a gastar um pouco mais, na região do Hackischer Markt você pode encontrar opções como o YoSoY – com tapas bem gostosas e vinho espanhol – mas é bastante turístico. Nos arredores, em ruinhas paralelas, encontram-se outros restaurantes bons e mais baratos. Também tem o Zula, de comida kosher, na Husemannstrasse 10, com opções mais baratas: por 10 euros você come um belo hummus com acompanhamentos. Delícia!

. Pra pensar: tem que ver a exposição sobre o Hitler. Polêmica – óbvio – e lotada, a “Hitler and the Germans – Nation and Crime” está em cartaz até 6/02 no Deutsches Historisches Museum. Imagens históricas, objetos (tem uma parte dos uniformes nazistas), muito texto e reflexão pra entender o momento em que o nazismo conseguiu o poder e fez o que fez. Programa pesado, mas necessário – e é emblemático vê-lo em Berlim, claro.

Jorge Wakabara, direto de Berlim

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