Categorias: Moda

O novo luxo é Made in China

07.12.2011

Se você pensa em produtos falsificados quando vê uma etiqueta que indica fabricação chinesa, é hora de rever seus conceitos. O BRIC é a sigla que envolve Brasil, Rússia, Índia e China, os países que mudaram focos de investimento e movimentam a economia global. E vêm deles as marcas que ganharam espaço na matéria do “Telegraph” pra ficar de olho no novo roteiro do luxo.

Da China vem a Powerland, de acessórios, comparada com a Prada – elas tem a origem da produção em comum. Os designers da marca Uma Wang e Huishan Zhang são destacados como novos talentos com força criativa e comercial pra movimentar o mercado consumidor ocidental. Ela chamou a atenção de Anna Wintour. A Browns, em Londres, gostou do trabalho de Huishan, que se formou pela Central Saint Martins.

Ainda aparecem a Erdos, especializada em cashmere; a Shangai Tang, parte do grupo Richemont; e a Ne-Tiger, que estreou em novembro na Semana de Moda de Xangai. Também tem as joalherias, com destaque pra Qeelin, que faz pandas cravejados de pedras, e a Bao Bao Wan, designer de joias neta de Wan Li, um dos ministros da República Popular da China, que cria peças supertrabalhadas ao estilo oriental.

Saindo do país mais populoso do mundo aparecem pedras preciosas nas indianas Nirav Modi, Rose, Amrapali, Lalchand e na rede supertradicional TBZ. Tarun Tahiliani e Manish Malhotra fazem sáris – e o último é citado como o Cavalli indiano! Do Brasil aparece a H.Stern, Carlos Miele, Alexandre Herchcovitch, Havaianas, Alexandre Birman (“o Manolo Blanhik brasileiro”), Jack Vartanian, Rosa Chá (colocada como a resposta à La Perla) e a Osklen, comparada com a Polo Ralph Lauren.

A Rússia fica atrás dos colegas em desenvolvimento, representada por nomes conhecidos dos europeus como Valentin Yudashkin e a joalheria Fabergé. E a Coréia do Sul ganha espaço com Lie Sang Bong, tida como o McQueen coreano, que tem Lady Gaga entre seus fãs!

Essas marcas fazem o caminho inverso das etiquetas europeias, cada vez mais dedicadas ao mercado asiático e brasileiro. A Hermès é dona da Shang Xia, em Xangai, e a cidade chinesa já foi palco de desfiles da Miu Miu, Chanel e Dior, enquanto Pequim recebeu desfiles da Prada e Burberry. Enquanto eles garantem seus clientes, as novas potências correm atrás de novos consumidores!

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