Um fato raríssimo: ver Rei Kawakubo, o nome por trás da Comme des Garçons, dando entrevista. É por isso que o fato dela ter falado – e muito! – com o “WWD” na abertura do I.T Beijing Market, a sua nova multimarcas na capital da China, já é uma notícia por si só. Mas o Blog LP não vai te deixar na mão – e te conta os destaques do artigo.
Reprodução/WWD
Rei Kawakubo na nova loja
. Sobre o futuro da Comme des Garçons: ela começou a pensar numa estratégia de sucessão e não, não se opõem a ideia de vender a empresa. Mas ao mesmo tempo acha que ninguém vai ficar interessado…
. Sobre suas limitações: “A motivação sempre foi criar algo novo, algo que não tenha existido antes. Quanto mais experiência eu tenho e mais roupas faço, mais difícil é fazer algo novo. Uma vez que fiz algo, não quero repetir, então o campo das possibilidades vai ficando menor.”
. Sobre os novos estilistas: “Falta disciplina. Eles não são rigorosos o bastante com eles mesmos.”
. Sobre o estilo dos chineses: “Quando vim aqui há 10 anos não existiam pessoas usando Comme des Garçons. Eu estava nas cidades e não ia pra lugares onde fashionistas frequentavam, mas agora é muito mais casual. Costumava gostar de pessoas usando uniformes de operário comunista e não vejo mais isso.”
. Sobre fast fashion: “Agora, com o fast fashion, o valor da criação está se reduzindo, e coisas muito caras não são interessantes.” E então, sobre sua colaboração com a H&M: “Isso foi um caso especial. Eles estavam fazendo uma nova loja no Japão, então foi somente uma relação curta, de duas semanas. (…) A H&M tem um jeito muito diferente de pensar e um modelo de negócio diferente, então foi interessante ver quanto de conexão poderíamos fazer. Mas no fim percebi que não havia muito em comum, então não acho que farei de novo.”
. Sobre sua aposentadoria: o “WWD” diz que ela ficou totalmente em silêncio quando tocaram no assunto.
