Categorias: Moda

Pense Moda, dia 03

06.11.2009

Que o nome é Pense Moda, você já sabe. Mas que foi ontem o dia em que o evento deu mais coisas pro fashionista pensar a respeito, talvez não – quem acompanhou a cobertura pelo twitter @lilianpacce deve ter percebido.

DivulgaçãoLars SvendsenLars Svendsen

Lars Svendsen subiu ao palco para falar a uma sala lotada sobre a crítica de moda. Foi logo avisando que aqueles telões do palco, tão usados durante os dias 01 e 02 das palestras, iam permanecer sem imagens. “O nome do evento sugere que se pense a moda, então é só isso que vamos fazer” disse. A crítica é das partes mais importantes da moda, pra ele – mas é justamente por estar incorreta atualmente que virou assunto lá: ele disse que as revistas de moda não são a plataforma ideal para críticas, uma vez que têm fazer de suas páginas um ambiente amigável para anunciantes. Disse que se critica apenas uma parcela pequena da moda (“quanto mais difusa estiver uma roupa, menos atenção ela terá da crítica”) e que se confunde muito crítica com pura negatividade. Dois críticos que respeita? Colin McDowell e Suzy Menkes.

DivulgaçãoConversando sobre streetwearBaixo Ribeiro, Carol Sanchez, Alberto Hiar

Era todo um outro clima no debate que aconteceu na sequência, sobre streetwear (quer dizer, urbanwear, como definiu Carol Sanchez). Foi ela + Baixo Ribeiro (Choque Cultural) e Alberto Hiar (Cavalera) que discutiram o assunto, sob o comando de Renata Simões. Hiar pegou o microfone e contou sobre sua experiência com moda – o que incluiu frases como “a gente faz um monte de coisa na Cavalera…e faz roupa também”, que fizeram a platéia rir um monte – pra só soltá-lo quando Baixo disse que era sua vez de contar uma história. Uma pessoa perguntou: Vocês acham que o streetwear é a estilização do conforto? Foi quase unanimidade que esse tipo de moda preza pelo conforto em primeiro lugar – Baixo, no entanto, discordou: “A moda não foi feita pra ser confortável”. Você concorda?

DivulgaçãoPaulo MatrinezPaulo Martinez

Pra terminar, o editor de moda – como gosta de ser chamado – Paulo Martinez passou por uma entrevista coletiva com as pessoas da platéia. “Paulo, o que fazer se eu estiver trabalhando de stylist e mandarem eu copiar um look de uma foto?” perguntaram. “Copia, ué”, respondeu ele, dizendo que quando começou a trabalhar com moda teve a sorte de ter como mestre pessoas como Regina Guerreiro, que simplesmente não praticam a cópia. “Vai ter sempre gente querendo que você copie alguma coisa – se for fazer isso, faça com um livro de arte, não com a revista do último mês” ensinou.

Tags:                    

Compartilhar