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Old school: o velho vale mais que o novo

13.05.2011

ReproduçãoEdição comemorativa dos 125 anos de Coca-Cola: à venda somente na Selfridges da Inglaterra

Um novo padrão de consumo aparece como tendência entre os mais antenados. E ele é… velho. A onda retrô da vez não se limita a imitar o design de coisas antigas em novas produções: o legal é comprar um original da década de 30, ou pelo menos que tenha tanta cara de original que você nunca diria que acabou de sair da fábrica!

“Mas brechós e sebos existem faz tempo!”. Verdade – mas o segredo está na curadoria, e quanto mais raro e exótico parecer, melhor. Quer ver exemplos? Confira:

. “Esse móvel eu ganhei da minha tia-avó que morava na Antuérpia”: Blog LP já falou da linha Oldesign da Micasa. A ideia é resgatar móveis antigos e não restaurá-los, mas simplesmente limpá-los, pra deixá-los com cara de “resgatados do fundo do porão” mesmo! Dá todo um charme especial pra decoração do ambiente.

. Óculos vintage: não é só em brechó que tem, não… E pra ficar com uma carinha mais hipster, tem gente comprando óculos “velhos” na Surface to Air da Lorena, por exemplo! Claro, a curadoria é ótima, e você fica mais feliz porque o design é incrível e o fator exclusividade é enorme. Não gosta de usar o usado? Dá pra comprar um novo com essa mesma cara de “selecionado” na American Apparel.

. H&S: não, não confunda com H&M! A HaterandSkills fica em uma galeria charmosa da Augusta em SP, a Ouro Velho (não confunda com a Ouro Fino!), e vende raridades como fita cassete, revistas e pôsteres antigos. A diferença daqui pra um sebo comum é a seleção cuidadosa, só com biscoito fino, e a própria loja: no lugar do ácaro, clima cool com toque de arte urbana (um dos sócios do local é o Alexandre Sesper).

. Vida longa ao vinil: Dá pra comprar uma vitrola nova – as da marca Ion, por exemplo, com entrada USB, são recomendadas por especialistas. Mas tem quem não dispense o charme das portáteis originais – de plástico, com alça pra poder carregar pra onde quiser. Na praça Benedito Calixto dá pra encontrar uma e custa, em média, R$ 350. Lojas na região do centro das grandes cidades também vendem toca-discos restaurados. E pra quem acha que não vai conseguir comprar um vinil novo pra ouvir na vitrola antiga, é só passar no site da Polysom – tem disco da Fernanda Takai, da Nação Zumbi

. Efeito Denorex: o site Electro Joe é o máximo, já viu? Tem pelo menos 2 produtos muito bacanas: uma fita cassete que na verdade é um hub de USB e uma câmera com uma cara super retrô que na verdade é uma webcam.  Outra marca que fez um toca MP3 que segue essa mesma linha é a Spitfire – ele tem o formato de… um walkman! Tem pra vender na Amazon.

. Xi, acabou a fita: máquinas de escrever, quem diria, voltaram a ser desejadas. No exterior, a Brady  & Kowalski, por exemplo, é formada por uma dupla especializada em máquinas de escrever e vende no mercado das pulgas no Brooklyn, NY. Claro: dá pra achar aqui nas feiras de antiguidade também.

. A Lomography é um paraíso pra quem já entrou na onda old school. Ela só vende câmeras Lomo! Tem a Diana, a Holga… Tem venda online e tem a loja em Ipanema, no Rio. Em SP, algumas lojas também vendem os produtos Lomo, como a Megusta, na Augusta.

. Don’t worry, be kooky! No estilo de se vestir, o novo retrô é o chamado kooky style, que em uma tradução livre poderia ser “estilo da tia lunática”. Excêntrico como ela, e por que não?, charmoso: inclui os óculos cheios de arabescos da Prada, as saias midi, um mix de estampas exótico (poá + estrela + listra + xadrez + paisley + …), às vezes um chapéu à moda Tavi G, ou um coque banana cheio de laquê, e se possível um poodle tingido de lilás ao lado. Aqui no Brasil ainda não tem muitas marcas apostando no kooky, mas dá pra investir no ar mezzo camp da Maria Garcia, na camisaria da Laundry, nos tricôs modernos da Helen Rödel… o que importa é mais o mix do que a peça. Ícones de estilo? Helena Bonham Carter, Paloma Faith, Mallu Magalhães, Katy Perry em alguns momentos…

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. KitchenAid, Arno… Já viu que virou moda aparelhos domésticos com carinha retrô? A batedeira Stand Mixer da 1ª, por exemplo, é vendida em diversas cores! Aí é só aprender a fazer torta e se sentir como uma dona de casa americana dos anos 50…

. Bateu uma nostalgia depois disso tudo? A Galeria Itapetininga, no centro de SP, é um paraíso para quem gosta de brinquedos antigos. Como é reduto de colecionador por ter se tornado um local de referência, pode não ser o lugar mais indicado pra quem quer pechinchar – pra isso, prefira as feiras.

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