Com inspiração na estética surrealista, a marca homônima de Caroline Funke promete muito pra sua estreia na Casa de Criadores dentro do projeto Lab no dia 9/11 (aliás, já conferiu a lista dos novos nomes da CdC? Acompanhe!). Ela acredita na liberdade do vestir e investe em modelagens mais criativas, normalmente mais amplas – do macacão bem soltinho até o blazer mais convencional. Carol tem uma ousadia na sua proposta pra ficar de olho: ela não pretende fazer roupas agênero “mas faço feminino e masculino e prego a liberdade no vestir”. Ou seja, pegue da arara o que bem entender e quiser! As peças são únicas e feita sob medida mas com um lado urbano bem característico. Vem saber mais na entrevista abaixo – e não deixa de conferir as fotos na galeria clicando acima!
Quais são suas principais influências?
Minhas inspirações são subjetivas; busco referências no universo surrealista. Não em obras já criadas, mas em um universo criado pra marca.
Quem você adoraria ver usando uma peça sua?
Salvador Dalí e Florence Welch.
O que podemos esperar de você na CdC?
A coleção foi desenvolvida com base no primeiro conto de um livro de histórias que criei, chamado “Era uma vez”. O conto nos faz refletir sobre nosso mundo interior. O surrealismo não tem limites: é mágico, belo. A ideia do livro que vai ser lançado futuramente é abordar a forma particular que cada um vê as coisas, e como essa visão individual atinge a nossa vida de diferentes maneiras, nos fazendo evoluir. No outono-inverno 2017 busquei referências em algumas formas e volumes do movimento Renascentista e também nos anos 20, época onde nasceu o surrealismo. Fizemos parceria com a Rivetto [marca de bolsa] e o Eduardo Laurino [designer de chapéu], que nos ajudaram a trazer elementos lúdicos do conto pra realidade.
E o que podemos esperar da Caroline Funke no futuro?
Todos sabemos como a moda é efêmera, mas gosto de pensar na roupa como algo que guarda memórias e conta histórias. Sendo assim, quero transmitir uma mensagem que dialogue cada vez mais com meu cliente, buscando aperfeiçoamento em qualidade e diferentes formas de acabamentos.
Qual é sua opinião sobre o “see-now buy-now“? Vai apostar?
Acho muito importante. Acredito que quando o cliente deseja aquela peça desfilada, ele quer consumir o produto na mesma hora e não só 6 meses depois, pois o desejo corre o risco de passar. Trabalho com peças únicas e sob medida, então pra mim isso funciona muito.
Caroline Funke: @funkecaroline