Ainda bem, Terry Barber teve vida noturna. Foi só por ser ter sido um club kid na sua juventude em Londres que se tornou o grande make-up artist que é hoje. Boy George, New Romantics? Estava tudo ali e no rosto do britânico, que experimentava, com os poucos itens de beleza que tinha, diferentes looks pra cair na noite. Atualmente, como maquiador sênior da M.A.C, ele tem mil e um produtos a sua disposição e outra porção de colegas de trabalho da pesada, como os estilistas Alexander McQueen e Vivienne Westwood; os clientes personal Pamela Anderson e Grace Jones; e ainda stylists como Katie Grand e Judy Blame – esse último, vale lembrar, ele conheceu no balcão de uma daquelas baladas. De passagem pelo Brasil para assinar looks de shows do SPFW, ele conversou com o Blog LP:
Aurea Calcavecchia
Terry Barber
Pra onde vai a tendência de maquiagem?
Para o rosto, como um todo. O final dessa década diz que é ele que vai aparecer. Não é como o foco nos olhos, ou na boca, como tivemos em outras décadas. Esse novo look tem seu foco na pele – sua luz, que definine e inventa novos contornos; e sua textura, que será a de uma pele hidratada, muito saudável. Não há muita maquiagem. Pelo menos, não aparentemente.
O que colocar em cima?
Sombra, mas bem pouca. Você pode pegar uma cor como um verde militar ou um marrom/cinza e esfumá-la levemente. Esse segunda, aliás, pode invadir as laterais do nariz, redefinindo o formato do rosto.
Qual look você não quer mais ver?
As megasombras. Aqueles olhos complicados, com três ou mais cores, num esquema super pensado. Chega disso! As sombras são tendência, sim, mas podem e devem ser usadas de maneiras diferentes. Uma de cada vez, por exemplo.
Há muitas tendências de beleza acontecendo ao mesmo tempo. Elas se somam ou se anulam?
Elas mostram que, na realidade, não existe regra alguma. Esse fenômeno acontece pela maior de todas as tendências ser a personalidade. As pessoas querem ter estilo próprio, e isso vale para o rosto. Você pode ser quem você quiser, diariamente.
