Vocês leram aqui no site sobre a tragédia fashion no vestido da Fortuny da top Natalia Vodianova – e muita gente pode não ter entendido o drama e pensado “ah, vai, tudo isso por causa de um vestido?”. Pois é… não era qualquer vestido, não. Fortuny é história da moda pura – você conhece?
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Mariano Fortuny
Mariano Fortuny nasceu em 1871, e se tornou um famoso estilista na virada do século XIX pro XX. Seu nome é pouco conhecido pois seu contemporâneo Paul Poiret acabou sendo mais falado. No teatro, Fortuny desenvolveu seu interesse por figurino e criou seu mais celebrado look, o Delphos – é um vestido de inspiração grega, em seda plissada, que vinha enrolado e guardado em uma caixa de chapéu.
O Delphos é disputadíssimo por colecionadores e museus até hoje. Seu finíssimo plissado é um verdadeiro mistério, pois existem vestidos de mais de 40 anos em que o plissado continua marcado e crispado como se fosse novo! Isadora Duncan viajou pra Veneza somente para comprar o seu. Sarah Bernhardt também era cliente. Orson Welles encomendou três vestidos para a turnê de Otelo e Proust escreveu sobre eles.
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Modelos de Delphos
A leveza dos plissados, que tiveram popularidade nos anos 20, encontra eco nos modelos de estilistas como Issey Miyake, fã declarado da Fortuny. Hoje a fábrica de Veneza pertence ao advogado egípcio Maged F. Riad, que a comprou em 1988 e continua utilizando a mesma técnica criada por Mariano. Mas os vestidos Delphos pararam de ser fabricados.
Resumindo: adivinha que tipo de vestido era o de Natalia Vodianova? Delphos, claro! Tá explicado o chororô?
