Bernard Arnault afirma que o grupo LVMH não quer tomar o controle da Hermès. Mas a Hermès em si continua ouriçada. No encontro anual da grife da bolsa Birkin, o vice-presidente da LVMH Pierre Godé mais uma vez se justificou e negou qualquer boato nesse sentido: “Ao contrário de qualquer impressão dada em qualquer lugar, a LVMH nunca procurou desestabilizar a família Hermès, nem o staff da empresa e seus fornecedores. Desafio aqueles que afirmam isso a apresentar um fiapo de evidência – pra anular a dúvida, não há evidência alguma. Os diretores da LVMH são racionais e lúcidos. De início já entendemos que não há possibilidade de controlar a Hermès porque as ações da família correspondem a 70% da companhia. Por isso não faria sentido pra LVMH desestabilizar a Hermès, já que isso arriscaria o sucesso dessa grande marca. Quanto mais ela prospera, mais felizes estamos todos nós, acionistas“. Lembrando: a LVMH tem ações da Hermès.
E por que o assunto está fervendo? Tudo parecia resolvido quando a família (formada pelos Dumas, Puech e Guerrand) agrupou mais de 50% do capital em uma holding, autorizada pela AMF (Autorité des Marchés Financiers – órgão regulador do mercado financeiro francês). Só que um grupo de acionistas está procurando derrubar a decisão. O resultado da apelação deve sair no dia 15/09… Hermès continua “ameaçada”? As vendas da grife aumentaram nesse 1º trimestre em 25,5% – isso quer dizer US$ 870,8 milhões.
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