A mensagem dos desfiles de Milão que terminaram essa semana é muito clara: a mulher quer se sentir poderosa para o outono-inverno 2009/10. Em tempos de crise, é melhor se sentir segura em casacos clássicos (Gucci, Prada, Max Mara, Jil Sander, Gianfranco Ferré), look que abre a grande maioria dos desfiles, ou em modernos tailleurs (Dolce & Gabbana, Marni, Ferré). Nesses looks, para quebrar, vão loucos acessórios como bijoux grande (Marni), bolsas de pele bordadas (Prada) e superbotas que sobem pela coxa à la Mulher-Maravilha (Roberto Cavalli, Ferré, Fendi e Prada).
Como a sensualidade também traz segurança – e sexo vende desde que o mundo é mundo (capitalista, of course) – as mulheres de Milão estão sensualíssimas. Até a Prada fez vestidos curtos com profundos decotes em V. Nessa pegada também aparecem peles em modernos casacos (Roberto Cavalli e Versace) ou só aplicadas em mangas (Marni e Pollini) ou ainda em vestidos inteiros (Prada e Fendi). E qual é a cor, além do preto, que representa essa mulher tão forte? O vermelho, claro! Ele andava esquecido e substituído pelos lilases e roxos – e volta de forma triunfal, do bordô até o tom mais vivo (Prada, Fendi e Max Mara).
Mas são as tachas e o couro, velha dupla conhecida do mundo do rock, que viram uma onda ”tsunâmica” – do jeito mais comercial (Dsquared2 e Cavalli) ou de forma mais conceitual (Prada). Dica do Blog LP: Galeria do Rock já!!!
(Gustavo Garcez)
