Bate papo com Paulo Martinez, autor de “Moda é F#%@”

20.02.2014

Paulo Martinez é o editor de moda por trás das publicações da revistaMag” e de diversos editoriais da “Vogue“, “Marie Claire” e “Elle“. Com 33 anos de carreira, ele resolveu compilar seus trabalhos mais importantes, bem como as histórias por trás deles, no livroModa é F#%@” (R$ 85), que acaba de ser lançado. Blog LP conversou com Paulo pra saber mais sobre a obra e mais – confira:

De onde surgiu a ideia do livro?
Fui convidado a fazer pelo pessoal da Renner e da Luste Editores, a ideia não foi minha. Mas me senti mega honrado e ao mesmo tempo superapavorado! A gente nunca acha que tem coisas suficientes pra mostrar, nem que elas vão ser relevantes… Mas no final acabei ficando orgulhoso da publicação. O caminho pelo qual Graziela Peres e Renata Mein (respectivamente diretora criativa e diretora de arte do livro) levaram o projeto deu muito certo.

Falando sobre seus trabalhos que aparecem na obra, tem algum que você considera particularmente especial?
Gosto muito da “Mag” nº 2, que é a “Mag Bahia“, da “Mag Transreal” que fala sobre surrealismo, e da “Mag Alegria“!

Você costuma adaptar seu trabalho pra diferentes publicações, pensando no leitor de cada título?
Claro, mudo conforme o veículo, se não você acaba sendo um profissional de um único trabalho. Sempre “leio” o que estou fazendo pra evitar isso.

O que você acha dessa coisa de certo e errado na moda?
São códigos que a moda dita como lei. Existem algumas regras, não com relação ao que é certo ou errado, mas sim de proporção e de bom senso. Só que às vezes tem coisas erradas que dão certo!

Conta pra gente alguma história de um perrengue em um editorial que você teve que fazer dar certo!
Ah, geralmente essas histórias são trágicas! (Risos) Tô brincando, mas quando faço a “Mag“, que são 60 páginas, fico 4 dias no estúdio e é sempre uma equipe muito grande… E fotografia de moda é aquela coisa do improviso. Você planeja fotografar na praia e aí chove, por exemplo… A gente tem que arranjar uma solução. E por mais que você tenha exatamente o que você quer, toda a produção, sempre surge algum imprevisto.

Tem algum conselho que você daria pra um jovem que hoje deseja seguir no seu ramo?
Tadinho! (Risos) Acho que tem que continuar estudando sempre e ser levado pelo coração, porque dinheiro você não vai ganhar. Isso é na verdade uma paixão, um vírus. Por isso precisa estudar muito, carregar bagagem, alimentar a alma e nunca achar que já se sabe tudo.

Luste Editores: (11) 2385-9600

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