Humberto Saad, da Dijon, morre aos 76 anos no Rio

11.07.2017

Lembra do jeanswear entre os anos 80 e 90 no Brasil? Era uma febre, não havia calça que caísse melhor no corpo da brasileira. Em SP, Zoomp, Forum e Ellus dominavam. Mas existia uma marca carioca que fazia um barulho ensurdecedor com suas campanhas, particularmente as com Luiza Brunet, que alcançou o estrelato por causa delas. Era a Dijon! E enquanto Luiza posava, geralmente fazendo topless, só com a calça jeans, sempre tinha um homem ao seu lado. Ele era Humberto Saad, o dono da marca, que investiu no marketing de moda um volume e uma energia que se equipara a pouca gente (ou ninguém?) naquela época e hoje. Era um passo adiante do que Calvin Klein fazia nos EUA – Brooke Shields estava abrindo a camisa enquanto Luiza já estava sem blusa…

Falando nisso: parece que a parceria Calvin Klein e Brooke Shields vai voltar! 

E ela não foi a única top model da Dijon: Vanessa Oliveira e Monique Evans também apareceram. Até a Xuxa fez algumas fotos! A marca foi fundada em 1964 por Humberto e seu irmão Miguel em Copacabana, e a princípio era especializada em moda masculina e bem praiana, de bermuda, short e camiseta. Eles são de origem libanesa – o pai era negociante de tecidos na rua da Alfândega. Partiram em seguida pra uma linha mais fina que incluía alfaiataria e camisaria. Depois a mulher de Humberto, Madaleine, assumiu o estilo da parte feminina, e veio a produção própria garantindo a qualidade da modelagem. Além desses famosos cliques, a Dijon era superpresente nos figurinos da Globo. Com o tempo, a fama da cantoneira e etiqueta dourada, hits de venda, começou a decair. Em entrevistas recentes, Humberto prometia a grande volta da Dijon.

Lembra da Gisele fazendo topless pra Givenchy?

A morte nessa terça, 11/07, aconteceu em decorrência de um infarto. O velório está marcado pras 13h, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, e o enterro é às 16h.

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