Categorias: Fashionteca Moda

Duelo estético entre Marc Jacobs e Calvin Klein

14.09.2008

Reprodução

Marc Jacobs e Calvin Klein

Direto de NY – Entre dias ensolarados e tempestades, a semana de moda de Nova York confirma seu foco num segmento mais comercial, de olho nos negócios. Tanto que se transformou numa babel fashion, representando em seu microcosmo as forças geopolíticas de hoje já que o line up vai muito além de nomes consagrados americanos e inclui estilistas asiáticos (alguns de nomes impronunciáveis), indianos (Thakoon, por exemplo, já vestiu até Michelle Obama), russos, brasileiros e até de tradição européia, como a italiana Z Zegna e a francesa Lacoste.

Continua na Fashionteca

Tags:  

Compartilhar
Categorias: Fashionteca

Duelo estético entre Marc Jacobs e Calvin Klein

14.09.2008


Marc Jacobs e Calvin Klein

Nova York – Entre dias ensolarados e tempestades, a semana de moda de Nova York confirma seu foco num segmento mais comercial, de olho nos negócios. Tanto que se transformou numa babel fashion, representando em seu microcosmo as forças geopolíticas de hoje já que o line up vai muito além de nomes consagrados americanos e inclui estilistas asiáticos (alguns de nomes impronunciáveis), indianos (Thakoon, por exemplo, já vestiu até Michelle Obama), russos, brasileiros e até de tradição européia, como a italiana Z Zegna e a francesa Lacoste.

Duas labels locais se destacam na cidade que abre a temporada internacional de lançamentos pra primavera-verão 2009: Marc Jacobs e Calvin Klein (sob o comando criativo do brasileiro Francisco Costa). Dois estetas de estilos opostos. Francisco Costa se apura cada vez mais no rigor minimalista dominante no DNA da Calvin Klein – que comemorou 40 anos de mercado com festão cinematográfico no High Line, ferrovia suspensa desativada em vias de se tornar um parque a céu aberto. Mas, como mineiro traquinas, Francisco insere toques futuristas-surrealistas em suas peças dobráveis de formas geométricas, como o sapato de salto de babyliss ou o tricô de “cílios” de fios de seda metalizados.

Já Jacobs se esmera em desafiar o minimalismo e o limite entre o belo e o estranho, arrancando elogios da elite fashion, com uma coleção rica em todos os sentidos. Para Cathy Horyn, do “New York Times”, “ele é o melhor que nós temos”, referindo-se à posição de rei que o estilista ocupa nos EUA. Já a inglesa Suzy Menkes, do “International Herald Tribune”, classifica o show de excepcional e o compara a um mágico, enquanto o poderoso jornal WWD resume: espetacular! O imagemaker Jacobs domina a técnica da mistura. Mistura grunge e aristocracia, campo com cidade, orientalismo e Saint Laurent, anos 30 e anos 70. Sua moda caleidoscópica é reforçada pela passarela de espelhos que faz tudo se misturar ainda mais e a trilha, não por acaso, é Rhapsody in Blue, dos Gershwin, um marco na música que uniu o jazz e o clássico.

Narciso Rodriguez se destaca também com seus vestidos-bandagem e formas longilíneas, em looks de perfume punk-sexy que remetem ao auge de nomes como Azzedine Alaïa e Hervé Léger. E ainda: Phillip Lim e Richard Chai, cujos sapatos levam a assinatura do mineiro Alexandre Birman, da Schutz, vão se firmando como nomes fortes da nova geração.

Lilian Pacce para o Estado de S.Paulo (colaborou Sylvain Justum)

Tags:    

Compartilhar