A falência da Carven

23.05.2018

Parece que foi ontem, mas já faz 4 anos que Guillaume Henry deixou a Carven depois de 5 atualizando e recolocando a tradicional casa francesa no mapa da moda, tornando-a relevante. Depois disso, parece que o caldo desandou: a maior porcentagem da marca é do Bluebell Group de Hong Kong desde 2016, mas eles procuram por um novo comprador já que a dupla que veio depois de Henry, Alexis Martial e Adrien Caillaudaud, e em seguida o estilista atual, Serge Ruffieux, não conseguiram fazer com que ela continuasse em ascensão. Interrupção de pagamentos, fim das operações na moda masculina e o fechamento da loja de NY, a única fora de Paris, são sinais fortes de que a coisa vai de mal a pior. O outro é o atraso na entrega da coleção de primavera-verão 2018. Por enquanto não existe relato oficial da própria Carven a respeito da situação, mas veículos como “Les Echos” e “WWD” falam em pedido de falência

E Guillaume também não está exatamente em seu melhor momento: sua passagem de 3 anos na Nina Ricci não convenceu o atual dono da marca, o grupo Puig, a investir mais nela. Ele saiu em março de 2018, ainda sem planos pro futuro, e a Nina Ricci por enquanto fica com o time de estilo até achar novo diretor criativo.

Também nessa semana: a revista “Interview” encerra suas atividades

Outra marca bem tradicional da alta moda parisiense que tem passado por dificuldades é a Lanvin. Ao que tudo indica, o jogo mudou e alguns não estão conseguindo acompanhar. A ver.

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