Categorias: Moda

2 mil anos de vestuário em exposição

18.07.2009

DivulgaçãoCriações de Lee Ki-hyang e Kim Hye-soon

O Museu da Casa Brasileira e o The Korea Fashion & Culture Association estão realizando mostra imperdível pros fashionistas que adoram conhecer outras culturas: “Moda coreana – arte e tradição” traz 50 peças diretamente da Coréia do Sul, sendo que 46 desses looks são de estilistas contemporâneos. Quatro vestimentas são os tradicionais hanbok, uma espécie de quimono coreano que tem mais de 2 mil anos de história.

Além das peças, a exposição apresenta um desfile virtual com criações concebidas a partir de um software que permite ao estilista realizar todo o processo de confecção. O evento faz parte das comemorações pelos 50 anos das relações Brasil-Coréia do Sul e visa estimular o intercâmbio cultural entre os dois países.

Um pouco de história…

Ao longo dos séculos, o hanbok sofreu poucas alterações. Seus primórdios remontam ao período dos Três Reinos – Silla, Goguryeo e Baekje -, entre 57 a.C. e 660 d.C. Nessa época, os homens usavam jeogori (jaqueta), baji (calças) e durumagi (sobretudo), chapéu, cinto e sapatos. As mulheres usavam jeogori (uma jaqueta curta) com duas fitas compridas que eram atadas para formar um otgoreum (nó), uma saia longa e volumosa, posicionada ao redor de uma cintura alta, chamada tchima, um durumagi com beoseon (soquetes de algodão branco) e sapatos em forma de canoa. A vestimenta possui traços limpos. É leve, confortável e colorida, adapta-se às formas e movimentos de quem a veste, criando um conjunto de fluidez e elegância. Por isso, é conhecido como “traje do vento”.

DivulgaçãoHanbok feminino e infantil

Ainda hoje, o hanbok tradicional é usado em datas especiais como os feriados lunares de Ano Novo e Chuseok (Ação de Graças) e festas familiares como Hwangap, que marca o 60º aniversário de uma pessoa. Com a entrada de roupas ocidentais no país durante a Guerra da Coréia (1950-53), e durante a rápida industrialização nos anos 60 e 70, o hanbok foi considerado não-apropriado para o uso casual. Entretanto, a identificação dos coreanos com o traje é tão intensa que resultou em sua reinvenção e reincorporação em estilos mais modernos e fáceis de usar. É essa Coréia tradicional do hanbok que inspira as 46 peças dos estilistas Choi Hyun-sook, Kim Hye-kyung, Lee Ki-hyang, Geum Key-sook e Kim Hye-soon. Vai lá pra conferir!

“Moda coreana – arte e tradição”
Até 26 de julho, de terça a domingo, das 10h às 18h
Museu da Casa Brasileira: av. Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, SP
Informações: (11) 3032-3727
Ingresso: R$ 4; estudantes: R$ 2; gratuito aos domingos e feriados

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