Célula Preta é o novo projeto de marcas da Casa de Criadores com o objetivo de combater o racismo na moda
Diante dos protestos antirracistas que aconteceram no Brasil e no mundo, o estilista Rafael Silvério (@silveriobrand) resolveu agir e propôs um novo projeto para a Casa da Criadores, evento que reúne jovens talentos com direção de André Hidalgo. Com o objetivo de pensar formas de inclusão, valorização e visibilidade para profissionais negros, dentro e fora do evento, surgiu a Célula Preta.
A Célula Preta é formada por sete marcas que participam da CdC: Diego Gama (@y.diegogama), Theo Alexandre (@thearvestuario), Gui Amorim (@estudiotraca), Weider Silveiro (@weidersilveiro), Fábio Costa (@notequal), Pedro Batalha e Hisan Silva (da @dendezeiro_) e Jal Vieira (@jalvieirabrand), única mulher do grupo.
Looks da Jal Vieira Brand (à esq.) e NotEqual (à dir.), que estão no movimento Célula Preta
Mesmo em diferentes momentos da vida e da carreira, eles perceberam que enfrentavam dificuldades semelhantes como marcas pretas e independentes. A maioria é nova na Casa de Criadores: Jal Vieira, Rafael Silverio, Thear e o Estúdio Traça entraram em 2019, Dendezeiro estreou este ano e o veterano é Weider Silveiro (desde 2006 e o único com agente internacional).
Look de Weider Silveiro (à esq.) e Diego Gama (à dir.)
Entre os pontos já abordados estão a dificuldade de empreender uma loja física (todos vendem online, por site ou Instagram) e a presença de mais modelos negros nos desfiles. A partir das discussões propostas pela Célula, os participantes pretendem criar e promover ações pra maior inclusão de profissionais negros no mercado da moda brasileiro, ainda tão seleto e excludente.