Menos é mais nos casamentos brasileiros. A grande tendência são festas mais fechadas e, de preferência, fora da sua cidade ou mesmo do Brasil! O motivo pode ser econômico: “Uma festa em SP hoje é duas vezes mais cara do que há 4 anos. Se a gente for olhar pros últimos 10 anos, o valor quadruplicou”, conta Paula Frederico, assessora de casamentos com 10 anos de mercado, focada na classe AA. Ana Maria Carvalho Pinto complementa: “O casamento fora implica em um número menor de convidados, sai mais em conta que uma festa em SP e vira um programa pra um feriadão, um fim de semana…”. “Você precisa ter consciência de que isso poder virar um ônus pros convidados. Tem casais que arcam com a hospedagem, outros não, e algumas noivas, entendendo isso, chegam a abrir mão dos presentes, considerando a presença como o presente dos convidados”, completa Paula.
Ana Maria Carvalho Pinto vê essa diminuição de convidados como a volta de um padrão antigo de festas, feitas pros amigos próximos e família. Isso se reflete no altar, com “o hábito de colocar menos padrinhos – posicionados nos primeiros banco da igreja, como é na Europa, e não no altar”, e até no bolo: “Fiz o meu 1º casamento com naked cake (bolo sem cobertura, que deixa o recheio à mostra) há 2 anos. É um bolo gostoso, apetitoso, e não só um visual. O bolo de pasta americana começou porque é um jeito de fazer algo muito decorado sem desmoronar. Ela segura a estrutura, mas também deixa o bolo mais duro. O naked tem uma cara de bolo de vó, mais acolhedor”. Rita Lima completa: “Voltou a tradição de colocar todo mundo sentado à mesa, os bolos e doces mais naturais, mais gostosos. Hoje são menos convidados, mas o casamento é mais completo, dá pra focar em detalhes. Também voltam os carros antigos, agora com algum amigo dirigindo”.
Marcia Possik, da Marriages, levanta outra novidade bacana: os pipoqueiros! “Sempre tem um pipoqueiro perto de igreja, e os convidados acabam correndo pra ele quando termina a cerimônia. Agora, como os noivos já sabem disso, contratam os carrinhos pra ficarem à disposição e oferecem a pipoca em embalagens personalizadas”. Entre os doces ainda reina o bem-casado, mas ele divide espaço com balinhas de coco (Danielle Andrade é a mais bombada na capital paulista) e o sucrier, uma espécie de alfajor embrulhado como lembrancinha (feito pela doceria de mesmo nome, a Sucrier). E sabe aquela moda de objetos de prata e lembranças supertrabalhadas? Esqueça! “As pessoas estão procurando usar o orçamento de forma mais racional, até porque a inflação de casamentos não tem proporção, não segue nenhum índice de correção”, lembra Marcia. No bar, a caipirinha foi trocada pelos “drinques com champanhe“, segundo Rita. Na pista, “as sapatilhas são as novas Havaianas“, conta Ana Maria.
E com tanta experiência em festas, vale prestar bastante atenção nas dicas das assessoras na hora de escolher o look! “As noivas têm mania de colocar um salto muito alto e logo não aguentam, correm pras sandálias de dedo e o vestido fica arrastando. Aconselho saltos mais baixos, porque esse é o tipo de festa em que a noiva fica muito de pé, mais do que em todas as outras que ela for, então é importante um sapato confortável”, explica Rita. Outro problema é o tomara-que-caia: “Teoricamente nem pode na cerimônia religiosa! Você precisa estar com os ombros cobertos. Mas além disso, existe o problema da noiva emagrecer na última semana e não apertar o vestido. Aí fica caindo, precisa subir toda hora, é feio. É sempre desconfortável, por mais bonito que seja”, diz Ana Maria. Ainda sobre o decote, Marcia lembra que “ele nunca fica 100%, especialmente se a noiva tiver seios grandes”, seguida por Paula, que volta ao problema do religioso: “Algumas igrejas católicas estão implicando”.
Na galeria você vê mais detalhes que estão com tudo nos casamentos e outras dicas! Clique na foto pra acessar.
Ana Maria Carvalho Pinto: (11) 3078-4988
Marriages: (11) 3885-1554
Paula Frederico: (11) 3078-4133
Rita Lima: (11) 5523-1252