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Arte que gruda na sola do sapato

22.08.2008


A arte do chiclete mascado de Ben Wilson

Chiclete esmagado no chão pra ele é como uma tela em branco. Com pincel e tinta na mão, ele se abaixa, fica de joelhos nas calçadas de Londres e retrata, com traços minúsculos, cenas e pensamentos que surgem ao redor do desprezado chiclete. Batidas de carro, um primeiro beijo ou pedidos especiais de pedestres que cruzam com o artista, normalmente acabam ficando registrados. Ben Wilson é literalmente um artista de rua. Detesta ser chamado de grafiteiro e garante que apesar das inúmeras confusões já criadas com a polícia, se safou de todas, provando que as propriedades da cidade ficam intactas e apenas o chiclete vira arte. Ele só faz esse trabalho pela nobre causa de despertar nas pessoas a importância de valorizar e interagir com o local onde vivem.


Ben em ação na rua de Londres – e suas obras

Outros dois artistas também preferem fazer arte em vez de bola com gomas de mascar. O americano Jamie Marraccini é expert no assunto. O chiclete mascado descansa em média 6 meses antes de virar arte. Tem todo um trabalho de cor e textura que se desenvolve ao longo desse tempo. Suas criações demoram até um ano para ficarem prontas e é preciso uma média de 3.500 bolotas para completar uma tela.


O vaso de Jamie e suas máscaras de chiclete

Já o artista plástico italiano Maurizio Savini faz esculturas com pastilhas, tabletes e pastas. Não foram mascadas nem encontradas no chão. São milhares de pedacinhos, que juntos formam animais, personagens e discos voadores, todos feitos de mosaico.


As esculturas de chiclete texturizado de Maurizio

Os 3 artistas vão na contramão e com a mesma matéria-prima inusitada deixam sua criatividade grudada por aí!

Giovanna Barbieri, info-hunter do Blog LP

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