App informa sobre moda e trabalho escravo

22.12.2018

A repercussão do caso Amissima, marca de moda que é acusada de fazer roupas com trabalho escravo, mostra que o consumidor está ligado no assunto. Mas você sabia que existe um aplicativo brasileiro que monitora as condições de trabalho na moda brasileira? O Moda Livre é da ONG Repórter Brasil, existe desde 2013 e acaba de ser atualizado com relatos do último ano. O app garante que não recomenda boicote nem o estímulo de compra de qualquer marca – o objetivo é garantir a distribuição da informação e transparência.

Saiba mais sobre o caso Amissima

A lista de marcas presente no Moda Livre tem uma escala de 3 níveis. Muitas estão no nível vermelho – a maioria porque justamente se recusa a passar informações sobre 4 indicadores usados na metodologia: políticas, monitoramento, transparência e histórico. As marcas também podem chegar ao nível vermelho se não possuírem mecanismos de acompanhamento de sua cadeia produtiva ou se tiverem histórico desfavorável em relação ao tema ou não apresentarem mudança. Estão no nível verde marcas que demonstram ter mecanismos de acompanhamento e possuem histórico favorável: caso da C&A, Ahlma, Adidas, Hering, Dzarm, Reserva, Malwee, Mash e outras.

Atualmente são 132 marcas no sistema. Desde 2013, o aplicativo tem acompanhado o crescimento da transparência entre varejistas. C&A, Marisa e Reserva, por exemplo, passaram a divulgar a relação de fornecedores em seus sites. Já a Americanas e a Pernambucanas imprimem nas etiquetas o nome do fabricante das peças.

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O Moda Livre também destaca reportagens da Repórter Brasil sobre o assunto, como a da M.Officer, condenada por escravidão em 2017, e da Animale, que foi responsabilizada pelas condições análogas a trabalho escravo em 3 oficinas da região metropolitana de SP por auditores fiscais do trabalho em 2017. Pra quem quer ficar por dentro do assunto, é uma boa ferramenta de consulta.

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