Plataforma denuncia condições de trabalho de gigantes da moda como Nike e H&M

06.08.2021

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A Clean Clothes Campaign indica quais marcas estão apoiando acordos pra proteger trabalhadores em Bangladesh

A pandemia foi brutal pra diversas marcas do varejo. Com lojas fechadas, muitas empresas viram seu faturamento cair drasticamente, forçando-as a rever seus modelos de negócio. O problema é que na hora de “ajustar” o lucro, muitas companhias renegociaram o salário de trabalhadores de países como Bangladesh, Camboja, Índia, Indonésia, Mianmar, Paquistão e Sri Lanka – uns dos principais polos têxteis do mundo! Entre as empresas que, apesar da Covid-19 tiveram lucro e mesmo assim cortaram a remuneração de seus fornecedores, estão a Nike, H&M e Primark.

Segundo a Clean Clothes Campaign, ONG que reúne 230 organizações visando proteger os diretos trabalhistas e da mulher em todo o mundo desde 1989, diversas marcas fizeram milhões profissionais perderem US$ 11.85 bilhões (cerca de R$ 62 bilhões) entre salários, férias e indenizações entre março de 2020 e 2021. Além disso, a organização faz uma séria acusação de empresas que criaram obstáculos pra não assinar o acordo de incêndio e segurança de edifícios em Bangladesh mesmo após o terrível desastre do edifício Rana Plaza, em 2013.

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À esq., marcas que estão abertas às negociações e à dir., as que se opuseram de alguma forma!

A CCC revelou que 11 empresas concordaram em assinar um novo acordo: as britânicas Asos e Tesco, a marca japonesa Uniqlo, as marcas alemãs Tchibo, Esprit e KiK, as marcas holandesas G-Star, Hunkemoller, Zeeman, Wibra e Schijvens.

Mas 14 marcas não foram aprovaram o novo acordo ou deixaram de usar sua influência na indústria pra fazer a diferença: as inglesas Next, Primark, Marks & Spencer e Matalan; as empresas alemãs Otto, Aldi North e South, Lidl, Takko e s.Oliver; a empresa espanhola Inditex, dona da Zara e Pull & Bear; a marca sueca H&M; a empresa dinamarquesa Bestseller (Onlu, Vero Moda, Jack & Jones); a polonesa LPP (Reserved); e as holandesas C&A e WE fashion. Como será a situação no Brasil? Acompanhe a Clean Clothes Campaign no Instagram para mais informações!

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