A designer de interiores Iris Apfel, de 98 anos, virou um ícone da moda e deu visibilidade para mulheres mais velhas. Hoje a gente te mostra outra “senhora” que tem um estilo bem único e extravagante, onde não faltam cores e estampas! É Sue Kreitzman, nova-iorquina às vésperas de seus 80 anos, que vive há 40 em Londres.
Apresentadora de um programa de culinária e autora de dezenas de livros de receitas, Sue resolveu mudar de vida por volta dos 60 anos e se tornou artista plástica. Seu primeiro destaque foi no Raw Arts Festival de Londres em 2005, um evento que expõe artistas independentes. Depois, junto a outras mulheres na meia-idade e mais velhas, ela criou sua primeira exposição, a “Wild Old Women”, da qual também foi curadora, em 2009.
Autodidata, Sue cria objetos, móveis e colares tendo como principal influência as cores, a figura feminina e sua experiência com a comida (a explosão de sabores, cores, texturas…). A arte tribal e religiões primitivas também inspiram seu trabalho, feito totalmente com materiais que as pessoas em geral considerariam “lixo”, como partes de joias quebradas, brinquedos e botões, #ecoarte!
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Claro que esta arte mega colorida e cheia de vida é apenas um reflexo de sua personalidade, que também toma conta de sua casa (seu quarto já virou vitrine da Selfridges!) e, claro, de seu estilo pessoal. Sue é adepta da customização: suas roupas têm sempre um toque pessoal assim como os Crocs que ela adora usar junto de suas jóias – uma verdadeira instalação que ela define como “art to wear” (em português, “arte para vestir”).
Em seus colares gigantes, a figura de poder associada à mulher tem destaque, com musas reais e míticas, como Frida Kahlo, Eva e Medusa. Não é à toa, ela foi uma dos personagens retratadas no documentário “Fabulous Fashionistas” (2013).
Além de artista, Sue mantém seu trabalho como curadora de exposições, como a “Flashier and Trashier” e “Dare to Wear”. No mês passado, por exemplo, rolou a expo “The Gently Explosive Art of Yarn Bombing and Other Acts of Stitchery”, com trabalhos de tricô e crochê seguindo o conceito de “yarn bombing” (“bombardeio de fios” em português). Bem bacana, né?