A bolsa Victoria da Hermès vai ganhar versão de couro de cogumelo!
Para o outono-inverno 2021/22, várias marcas apostam em materiais alternativos e escolhas mais sustentáveis pra desenvolver suas coleções, como a Collina Strada e a Gabriela Hearst em sua estreia na Chloé. E duas marcas tradicionais de couro, Loewe e a Hermès, vem com novidades!
Em parceria com a MycoWorks, uma startup com sede na Califórnia, a Hermès lança uma versão da bolsa Victoria feita de couro de cogumelo! Eles desenvolveram uma patente que transforma os fios da raiz do cogumelo (o micélio) em um material semelhante ao couro de origem animal. A inovação mostra como a biotecnologia é um ótimo recurso para atender os consumidores de luxo sintonizados com sustentabilidade. Bom lembrar também que o PETA comprou ações da Hermès em 2015 (leia aqui), o que pode estar estimulando a marca francesa a buscar opções de couro de origem não-animal. A nova bolsa Victoria deve chegar às lojas de todo mundo até o final de 2021!
Na Loewe, bolsa feita com sobras de couro (esq.)! À dir., bolsa da francesa Amélie Pichard feita com BeLeaf, um couro vegetal da brasileira Nova Kaeru
Na Loewe, a bolsa Woven, que apareceu pela primeira vez na coleção de primavera-verão 2015, na estreia de Jonathan Anderson, ganha opção com reaproveitamento de sobras de couro, dentro do programa de upcycling The Surplus Project. A novidade chega às lojas nesta semana e a gente torce para que o upcycle seja praticado na criação de mais produtos da marca espanhola.
E não só os gringos que estão brilhando nesse mercado: o BeLeaf (material feito de folha de planta tropical que parece tão resistente e bonito quanto o couro tradicional), da brasileira Nova Kaeru, já foi usado pelo estilista João Maraschin e acaba de virar bolsa da marca francesa Amélie Pichard! O modelo custa € 595 (cerca de R$ 4 mil) mas por enquanto não está disponível no Brasil.
