Bactérias podem ajudar na reciclagem de plástico – e tem novidade nas garrafinhas de plástico!

15.07.2020

Foto Reprodução

A “Pseudomonas bacteria” se alimenta do poliuretano e pode ser a solução para sua reciclagem

Sustentabilidade é uma das pautas mais urgentes do século 21 e, como estamos no “Julho Sem Plástico“, nada mais razoável que falar sobre as novidades acerca desse material. Na Alemanha, cientistas descobriram uma bactéria que é capaz de digerir plásticos pesados, mais especificamente o poliuretano. Segundo o jornal científico “Frontiers Microbiology”, existe uma bactéria que se alimenta desse material, tão difícil de ser reciclado.

A reciclagem do poliuretano é um assunto emergencial. Presente na composição de fraldas, espuma de colchões e travesseiros, preservativos e vários outros produtos que acabam nos aterros sanitários e nos oceanos, seu processo de reciclagem é complexo. Nele, são liberadas toxinas que podem ser extremamente prejudiciais à saúde de humanos e animais.

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A garrafa PET comum pode demorar até 400 anos para se decompor, enquanto o novo modelo “plant-based” da Avantium leva pouco mais de um ano

A Pseudomonas bacteria é uma esperança na reciclagem do poliuretano. Apesar de já terem descoberto um fungo capaz de quebrar esse polímero, esses seres vivos são mais difíceis para uso em larga escala na indústria. Os cientistas ainda têm muita pesquisa a fazer e a previsão é de que esse tipo de reciclagem se viabilize daqui a 10 anos.

Segundo um estudo da Universidade da California e de Santa Barbara, desde 1950 já foram produzidas mais de 8,3 bilhões de toneladas de plástico e anualmente são produzidas 300 milhões de toneladas de plástico a partir de combustíveis fósseis. E a boa notícia é que a empresa holandesa Avantium descobriu como fazer a primeira garrafa “plant-based” capaz de armazenar bebidas gaseificadas.

Foto Divulgação

A garrafa de plástico à base de açúcar de cereais e beterraba já tem o apoio da Coca-Cola, Danone e da cerveja Carlsberg

As garrafas plásticas serão feitas a partir do açúcar de plantas, como trigo, milho e beterraba, cultivadas de forma sustentável, com lançamento previsto para 2023. Inicialmente, a Avantium vai fabricar 5 mil toneladas do novo produto com o apoio da Coca-Cola, Danone e cervejaria Carlsberg. Além disso, eles estudam opções para obter o açúcar de origem vegetal a partir do lixo orgânico! Assim as plantações destinadas à fabricação do novo plástico não afetariam o setor alimentício.

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