Jisoo Jang fez vários testes com materiais sustentáveis até optar por bioplásticos e papel lavável em suas criações
Fazer o trabalho de conclusão de faculdade em meio à pandemia do Covid-19 não é nada fácil – especialmente para os estudantes de moda, que precisam buscar materiais e usar ateliês para produzir uma coleção. E mesmo assim a gente aguarda o trabalho dos graduandos da Central Saint Martins, em Londres, com grande expectativa! Ano passado, por exemplo, um deles fez um dos desfiles mais comentados de 2019 (eu falei sobre ele nesse vídeo aqui).
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Entre as cinco melhores coleções da turma de 2020, o destaque vai para a especialista em tricô Jisoo Jang, que utilizou materiais como bioplásticos e papel lavável cortado a laser. Quando a universidade fechou devido ao coronavírus, ela teve que voltar para seu país de origem, a Coreia do Sul, e terminou a coleção em casa na companhia de sua mãe. O resultado são peças que envolvem sustentabilidade, personalidade e diversão, principalmente pelos diferentes padrões de corte no papel lavável (e lembram o design da japonesa Seiran Tsuno!).
James Walsh criou vestidos rígidos e imóveis como se fossem estátuas
Outro destaque é James Walsh, que criou uma coleção feminina inspirada na beleza imóvel das estátuas. As “esculturas que podem ser vestidas” foram feitas com impressão 3D, com ácido poliláctico reciclado e biodegradável. Resultado: zero desperdício.
O sul-coreano Jiyong Kim utilizou apenas a luz solar para criar as “estampas” de sua coleção
No masculino, o também sul-coreano Jiyong Kim, desenvolveu seu projeto a partir de peças vintage, garimpadas em brechós, que já estavam desbotadas pela ação da luz. A partir daí, ele criou “estampas” usando exatamente os efeitos da exposição ao sol, sem nenhuma substância química.
Mas foi a francesa Margaux Lavevre que realmente mergulhou no universo da estamparia e se especializou na área. Suas peças foram inspiradas num álbum de música eletrônica produzido por ela em parceria com dois amigos durante a criação da coleção. Todas as faixas do álbum, que não tem começo nem fim, possuem a mesma duração e, assim como a coleção, propõe questionamentos sobre nossa percepção de tempo e movimento – que foi fortemente alterada durante a quarentena (clica aqui pra ver o post sobre filmes que mostram bem esse sentimento).
Jessan Macatangay insere cadeiras desconstruídas para representar as dificuldades e obstáculos da vida
Por último, mas não menos importante, a coleção Encontrando Beleza e Poder nas Dificuldades, do estilista filipino Jessan Macatangay, graduando de Design de Moda com Marketing. A inspiração vem da capacidade do ser humano de se adaptar a novas realidades e superar obstáculos – representados por meio de cadeiras desconstruídas. A coleção evoca beleza e harmonia em seu design e cores, mas também torna o movimento mais difícil devido à rigidez das cadeiras aplicadas nas roupas.
E logo abaixo, você pode conferir o vídeo de apresentação da coleção final de todos os 106 graduandos da turma de 2020 da Central Saint Martins!
