Aquele auê (e uma receita cabeluda) com Antonio Prata

01.09.2016

Antonio Prata é escritor, roteirista e cronista do jornal “Folha de São Paulo”. Entre seus livros mais famosos estão “Meio Intelectual, Meio de Esquerda” e o seu mais recente, “Nu, de Botas”. Morando longe de SP há alguns anos, Antonio acaba de voltar à cidade com a família. Aqui, ele fala um pouquinho dessa experiência e compartilha uma receita divertida com a gente.

Morar mais afastado de SP fez mudar seus hábitos de consumo?
Não. Acho o contrário. Fui morar na Granja Viana, num condomínio em que 70% da área é verde e tinha lago com patos, mas pra tudo a gente tinha que pegar o carro. Na verdade, mais sustentável é morar na cidade e usar transporte público ou as pernas.

Um objeto de apego?
Não é exatamente apego, mas necessidade: trabalho com o laptop no colo sentado numa cadeira bem específica. É uma cadeira simples, nada chique, chamada Butterfly da marca Lafuma. Acho que passei uns dois terços da minha vida sentado nela. Quando viajo a trabalho, levo a cadeira – ela fecha feito um guarda-chuva e eu embalo naqueles plásticos, nada ecologicamente corretos, de aeroporto.

Um luxo que vale o quanto custa?
Nenhum luxo vale o quanto custa. Luxo custa caro porque chama luxo, né? Mas um luxo pelo qual pago, mesmo achando que não vale o quanto custa, são cervejas artesanais brasileiras e importadas que custam caro, mas gosto.

O que não vai pro lixo de jeito nenhum?
Uma coleção de latas de cerveja e refrigerante que faço desde a infância. Minha mulher adoraria que eu jogasse no lixo – e é reciclável! Mas não jogo.

Dica de lugar bacana, que pense diferente.
A rua. Qualquer rua. É de graça. Não contém glúten, gordura trans, lactose e, se você estiver a pé, de bicicleta, patins ou skate, não produz gás carbônico e nem CFC.

Uma receita de família?
Bota um pedaço de queijo minas ou mussarela de búfala em água fervente e o queijo se derrete todo. As crianças puxam com garfos e o queijo estica pra todos os lados. Na minha infância chamávamos de “queijo cabeludo”.

Silvia Feola, do site “Os Novos Bárbaros“, infohunter do site Lilian Pacce

Tags:            

Compartilhar