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Rodrigo Borges, fita adesiva sobre tela

16.11.2010

Rodrigo Borges é um homem que ocupa espaço. O último pelo qual passou foi no MuBE, em SP, quando participou da exposição Héritage, parte do projeto Evolução Francesa da Lacoste. A obra que estava exposta (“Sem Título“, 2010) era das que mais chamavam atenção no meio do aglomerado formado pelos convidados e suas respectivas taças de champanhe na noite de encerramento da mostra itinerante: caixas inteiramente cobertas por fitas adesivas de cores mil, dispostas em linhas.

O artista plástico mineiro disse pro Blog LP que foi das primeiras vezes que colou suas fitas adesivas sobre um objeto. Ele preferia fazer sua colagem usando as paredes e painéis como suporte (e, nessa altura da conversa, ele pára pra explicar que sua formação, antes de ser artística, é em Arquitetura). Sobre o efeito gráfico multicolorido que é característica de suas obras, ele faz referência ao gosto por estamparia (até já desenvolveu algumas estampas pra Coven).

Com isso, ele propõe uma discussão sobre a noção de espacialidade. “Ocupação de espaço é o lance dele” definiu Dani Ueda, o stylist que fez a curadoria dos artistas brasileiros que integraram a expo. Dividir o espaço também foi importante. Para Rodrigo, a experiência de trabalhar ao lado de outros artistas (numa casa grande, em Santa Tereza, no Rio, alugada pela grife francesa) foi algo como uma residência artística, onde a troca ficou favorecida. “Desmistifica essa coisa do trabalho individual”, contou.

Depois, contou sobre a origem de seu trabalho com fitas adesivas, material que ele vem explorando desde 2004. Ele sempre gostou muito delas e vê beleza em sua imperfeição. “As fitas da mesma cor nunca saem exatamente iguais da fábrica. Por isso, procuro a papelaria mais antiga que houver na cidade e compro todas as que ver”. Mais de Rodrigo Borges clicando aqui no blog dele.

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