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Antropofagia açucarada

01.12.2011

Marina Abramovic comeu uma parte de si. Debbie Harry também. E isso aconteceu num museu, na frente colecionadores de arte do mundo todo, que celebravam os 32 anos do Museum of Contemporary Art, em Los Angeles. Enquanto a crítica especializada decide se acha o trabalho incrível ou chocante demais, o Kreëmart segue a mesma fórmula de 2006, quando Raphael Castoriano, Claudia Cisneros e Ginevra Caltagirone começaram o projeto baseado em NY.

Basicamente o que eles fazem é transformar a visita à galeria numa experiência gastronômica. Usam sobremesas como mídia e convidam artistas pra criarem conceitos em cima dessa matéria-prima comestível com a ajuda de chefs. Depois é hora da performance interativa, quando o público devora as obras sem dó! “Nem arte nem sobremesas são necessariamente pra sempre, mas ambas ajudam a gozar melhor a vida. São peças de arte, mas você pode consumi-las com a boca em vez da carteira”, define Raphael.

Vik Muniz, Marina Abramovic, Terence Koh, Olaf Breuning, Ghada Amer e Rob Wynne são alguns dos nomes que já colaboraram. Marina, inclusive, já virou prata da casa. Ela recriou moldes de bocas em chocolate e placas comestíveis de ouro, cortou e comeu um bolo que reproduzia seu próprio corpo e espalhou narizes de chocolate coberto com pasta prateada durante a abertura de sua expô na Garage, de Dasha Zhukova, em Moscou.

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E tem mais: o Kreëmart foi convidado pra abrir a 10ª edição do Art Basel Miami Beach, com uma performance que conta com o trabalho de 6 artistas e seus confeiteiros. Esse é o festival mais bombado das artes plásticas hoje em dia e o convite demonstra a aceitação do projeto entre os colegas. Agora que você já leu sobre, vá até a galeria entender como funciona!

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