O que tem em comum Sofia Coppola, Hedi Slimane, Cindy Sherman, Bob Wilson e Isabelle Huppert? Todos foram “curadores-convidados” de exposições sobre Robert Mapplethorpe, uma iniciativa da fundação do fotógrafo americano, ex-namorado de Patti Smith que morreu em 1986, pra manter o trabalho dele vivo e dinâmico. Desde o dia 28/01, é o olhar de Peter Marino, arquiteto responsável por lojas de várias marcas de luxo e ele próprio colecionador de arte, que reexamina a obra de Mapplethorpe na exposição “XYZ” na prestigiosa galeria Thaddaeus Ropac de Paris, localizada no badalado bairro do Marais.
As letras “XYZ” fazem referência aos portifólios do artista publicados entre 1978 e 1981: sexo (X), naturezas-mortas com flores (Y) e retratos de nus masculinos (Z), todos temas recorrentes de sua obra e que sempre causaram muita controvérsia ao longo de sua carreira.
O interesse de Marino pelo trabalho de Mapplethorpe não é recente: a sua própria coleção conta com mais de 140 obras dele. Todas foram mostradas pela 1ª vez no Bass Museum de Miami em 2014 e vão viajar pra Tóquio e Osaka em 2017. As 17 polaróides e 60 fotografias apresentadas na galeria Ropac também são inéditas, escolhidas pessoalmente pelo curador nos arquivos da Robert Mapplethorpe Foundation e nas coleções do Guggenheim, LACMA e Getty Museum. A expô fica em cartaz até 5/03.
Carolina Cataldi Pedrosa, infohunter do site Lilian Pacce direto de Paris