Desde o início da quarentena, tenho falado tanto sobre arte em tempos de pandemia quanto de máscaras (clica aqui pra ver o vídeo sobre o movimento #MáscaraParaTodos) e equipamentos de proteção (clica aqui). Mas, além das máscaras de proteção utilitárias, tem gente que está transformando esse acessório em arte – “obras”dignas do Museu de Arte Covid!
Na Groenlândia, Ýrúrarí Jóhannsdóttir, estilista especializada em tricô, postou sua primeira criação em 07/04 e logo viu seu trabalho publicado no site da Vogue! Ela brinca literalmente com caras, bocas e línguas, criando extensões da máscara em 3D aplicadas à máscara convencional de algodão duplo.
No Brasil, o Insta @mas.corona reúne mais de 1.300 imagens de máscaras artísticas, bem bacana. E em Belo Horizonte, MG, o fotógrafo de moda Márcio Rodrigues tem feito retratos à distância para documentar a quarentena. Além disso, ele também construiu uma máscara com embalagens que seriam descartadas mas que não foram coletadas pra reciclagem devido ao isolamento social. Em tom de denúncia, ele escreve na foto publicada em seu Instagram: “O Caminhão do Reciclável não passa há 20 dias”.
Na Áustria, o artista Matthias Kretschmer começou a criar máscaras em meados de abril, quando foi instituído o uso obrigatório em seu país. Desde então, Matthias já produziu mais de 50 máscaras – uma por dia -, com referências ao cinema, teatro e cultura pop em geral, numa grande manifestação artística.
Já na Rússia, um artista está produzindo máscaras para seres não-humanos – no caso, os indivíduos de sua coleção de artrópodes preservados! Anatoly Konenko é um dos microminiaturistas mais famosos de seu país e entrou no Guinness Book of World Records por criar o menor livro do mundo em 1996. O artista já fez máscara para caranguejo e até para grilo, cujo acessório chega a ter o tamanho de um grão de arroz!