O índice de transparência na moda brasileira!

13.10.2018

A Fashion Revolution é um movimento que luta por mais transparência na cadeia da moda e nessa semana eles divulgaram um estudo sobre o índice de transparência das marcas de moda no Brasil! O estudo se baseia em 5 pilares: políticas e compromissos; governança; conhecer, comunicar e resolver; rastreabilidade e tópicos em destaque. A rastreabilidade tem o maior peso (34%) e é uma das grandes bandeiras da organização, que busca saber de onde vem as roupas, quem as fez, qual é o fornecedor e etc. Conhecer, comunicar e resolver vem logo atrás, com peso de 30% e entra mais a fundo no quesito fornecedores

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Pra pontuar as marcas, eles avaliam informações divulgadas publicamente em diversas plataformas e enviam um questionário quando necessário! 20 marcas foram selecionadas e avaliadas e nenhuma está com seu índice de transparência acima de 60% – chocante, né?! Você confere os resultados finais abaixo:

Entre 0% e 10%: nessa categoria, marcas com até 5% não divulgam absolutamente nada ou divulgam infos extremamente limitadas, que é o caso da, que é o caso da Brooksfield, Cia Marítima, Ellus, John John, Le Lis Blanc, Melissa, Moleca, Olympikus – todas com 0%! Já as marcas acima de 5% costumam publicar algumas políticas pros próprios funcionários e fornecedores; as mais perto de 10% publicam códigos básicos de conduta de fornecedores e algumas outras informações internas – a Pernambucanas é uma delas com 10%!

Entre 11% e 20%: marcas mais propensas a publicarem muitas políticas e algumas informações sobre seus procedimentos e relacionamentos com fornecedores, mas muitas vezes sem divulgar a lista de fornecedores que trabalha! Nessa categoria: Hering (17%), Animale (15%), Farm (15%) e Marisa (13%).

Entre 21% e 30%: publicam informações bem mais detalhadas mas não publicam a lista de fornecedores completa nem divulgam informações amplas sobre o pilar de tópicos em destaque, que trata questões de igualdade de gênero, empoderamento feminino, igualdade racial, trabalhadores imigrantes, liberdade de associação, pagamento de salários justos pra viver, superprodução, consumo excessivo e resíduos e reciclagens! Nessa categoria: Renner (26%) e Riachuelo (23%).

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Entre 31% e 40%: essas marcas publicam a lista de fornecedores e informações mais detalhadas sobre políticas, procedimentos, metas sociais e ambientais, avaliação de fornecedores e processos de remediação; também abordam tópicos em destaque. Nessa categoria: Zara (40%), Havaianas (36%) e Osklen (34%).

Entre 41% e 50%: tendem a publicar listas de fornecedores mais completas (detalhes sobre suas confecções, incluindo as instalações de beneficiamentos), além de informações mais detalhadas sobre as políticas gerais da empresa e empresa e tópicos em destaque como a diferença salarial entre homens e mulheres, capacitação de mulheres na cadeia de fornecimento, salários justos e soluções pra lidar com resíduos e investimento em recursos circulares. Não há nenhuma marca brasileira no estudo nessa categoria.

Entre 51% e 60%: essas marcas divulgam todas as informações já descritas nas outras faixas e também listas mais detalhadas de fornecedores. Nessa categoria: C&A (53%) e Malwee (51%).

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Nenhuma marca pontuou acima de 60%, mas se tivessem alcançado a meta, além de divulgar as informações já descritas, descritas, distribuiriam também infos mais detalhadas sobre a lista de fornecedores (da confecção às matérias-primas) e estariam mapeando impactos sociais e ambientais e outros tópicos de destaque! Tá na hora de começar a cobrar mais transparência das marcas que a gente gosta, né? E pra quem quiser ver o relatório completo sobre o índice é só clicar aqui – ele está disponível gratuitamente!

 

 

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