Por dentro do Grande Hotel Budapeste

03.07.2014

O Grande Hotel Budapeste“, de Wes Anderson, estreia neste 3/07 no Brasil, depois de bastante expectativa diante da boa recepção nos festivais gringos. E além da história em si – a glória e decadência de um hotel depois das grandes guerras do ponto de vista de seu concierge – e da direção de arte que sempre é um show à parte nos filmes do diretor, tem figurino pra prestar atenção! Ele é assinado pela super Milena Canonero com a ajudinha de marcas como a Prada e a Fendi. Blog LP listou curiosidades sobre o longa que vão te dar motivos pra correr pro cinema!

. Milena Canonero, que já levou o Oscar por “Barry Lyndon“, “Carruagens de Fogo” e “Maria Antonieta“, desenhou roupas que conversam com os cenários em tons pastel ou contrastam bem com ele, como os uniformes roxos do staff e o vermelhão da capa de veludo de Madame D., vivida por Tilda Swinton (quase irreconhecível por conta da maquiagem), inspirado em Gustav Klimt, bem anos 30 e com gola e punhos de pele feitos pela Fendi. A marca romana também produziu, a partir dos croquis de Milena, o casaco de mink militar usado por Edward Norton. Já a Prada colabora com o conjunto de malas da personagem de Swinton e o trench coat de couro de Jopling, vivido por Willem Dafoe. Canonero também cita Augustus Sand, Man Ray, George Hurrell, Kees van Dongen e Tamara de Lempicka como referências pro trabalho. As imagens estão todas aqui na galeria – é só clicar na foto pra ver!

. L’Air de Panache é o perfume favorito de Gustave H., o protagonista vivido por Ralph Fiennes, e ele existe no mundo real! Foi desenvolvido especialmente pro filme pela marca francesa Nose. Como não dá pra sentir cheiro via telão, saiba que ele é um cítrico amadeirado, com toques de manjericão, tangerina, maçã verde, jasmim e rosas; mas não está à venda!

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. A história se passa na fictícia República de Zubrowka, entre os antigos impérios russo e austro-húngaro, e o preciosismo pra criar todo o universo em torno dela é tão grande que a produção criou site contando sobre história e até economia local! Não adianta procurar uma cidade parecida no mundo, porque ela não existe – o máximo que você vai encontrar são alguns lugares onde foram filmadas as cenas, todas na Alemanha, como a Görlitz Warenhaus, uma antiga loja de departamento em Görlitz, hoje desativada, que virou o lobby do Budapeste. Tudo é feito a partir de recortes e referências muito específicas que resultam no set desenhado por Adam Stockhausen.

. Monsieur Gustave H. é inspirado no escritor austríaco Stefan Zweig, que levou Wes Anderson a viajar pelo Brasil através do Google Earth pra conhecer Petrópolis, na serra do Rio, onde Stefan ficou exilado e se matou. Conhece a expressão “Brasil, o país do futuro?”, foi Zweig que começou com esse papo, lá nos anos 40! De Petrópolis, o escritor contava sobre uma Europa que não existia mais, castigada pela guerra, e isso dá o mood do filme.

. Essa é pra quem já assistiu: ficou com vontade de comer um Courtesan au Chocolat, o doce da Mendl’s, que aparece no filme? Tem vídeo com a receita online! A locação pra doceria foi a Pfunds Molkerie, uma loja de laticínios em Dresden, na Alemanha.

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