Bettina Rheims, feminilidade à flor da pele

19.02.2016

Questionar sobre a feminilidade, o gênero ou a intimidade é o que Bettina Rheims faz há mais de 40 anos fotografando o seu alvo predileto: as mulheres. E que mulheres! Fortes, intimidantes, sublimes… As musas estão sempre transgredindo regras e provocando o olhar, sejam anônimas ou celebridades, tais como Madonna, Monica Belucci, Laetitia Casta, Charlotte Rampling ou ainda Milla Jovovich.

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A exposição “Bettina Rheims” reúne 180 fotos permite redescobrir o trabalho da infatigável fotógrafa francesa de 63 anos. Ex-modelo e galerista, ela começou fazendo editoriais de moda e colaborando com grifes como Chanel e Lancôme. A sua carreira decolou com suas séries polêmicas – uma delas, “I.N.R.I.” (2000), recompõe a história de Cristo, incluindo, claro, uma beldade desnuda na cruz! A série “Modern Lovers“, que tanto causou em 1990, não poderia ser mais atual, contestando códigos ligados a identidade sexual em rostos andróginos. Bem antes de “A Garota Dinamarquesa” concorrer ao Oscar, ela foi pioneira na sua maneira de representar transexuais aliando fragilidade e muita atitude.

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Com 20 exposições por ano e uma biblioteca de mais de 30.000 títulos, a Maison Européenne de la Photographie (MEP) em Paris, onde o trabalho de Bettina está em cartaz até 27/03, é uma referência pros apaixonados por fotografia do mundo todo. Vale lembrar que na sua prestigiosa coleção permanente estão fotos de 3 brasileiros: Sebastião Salgado, Claudio Edinger e Alberto Ferreira, os dois últimos representados pela descolada galeria paulista Lume.

Carolina Cataldi Pedrosa, infohunter do site Lilian Pacce direto de Paris

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