Em entrevista pro “Estadão” que saiu hoje, 4/03, o diretor do SPFW Paulo Borges revelou que o evento é mais um dos que entra no sistema “see now, buy now” (“veja agora e pague agora”) que a moda tanto fala nessa temporada. Também já anunciaram a adesão ao esquema, entre outros, Courrèges, Tom Ford e Vetements; enquanto a Semana de Moda de Paris em si resiste à mudança. Marcas de grande impacto, inclusive comercial, como Burberry e Moschino fizeram experiências com partes da coleção disponíveis de imediato ou pra pré-venda e agora devem entrar de cabeça nisso.
Nesse novo sistema, pra quem ainda não entendeu, o intervalo entre os desfiles e a chegada das peças na loja é bem menor – pra não dizer imediato. Bem diferente do que acontece hoje, quando ainda temos meses pela frente antes das novidades que já foram divulgadas e redivulgadas pela internet chegarem!
Uma apresentação mais fechada somente pra compradores de multimarcas e imprensa especializada deve continuar acontecendo no mesmo timing de agora (com embargo da divulgação por parte da imprensa), mesmo porque o tempo entre criação, produção e chegada na loja também segue o mesmo. Os desfiles ficam mais voltados pra grande imprensa e clientes finais.
Paulo explica que a edição de novembro deve ser híbrida (ou seja, de transição) e, em 2017, as temporadas mudam pra fim de fevereiro e pra semana de julho a agosto (na prática pra mostrar, respectivamente, outono-inverno e primavera-verão, mas o diretor garante que essas nomenclaturas sazonais vão cair por não fazerem mais sentido). Ele ainda adianta que o SPFW ganhou 4 novos patrocinadores (pra negar uma crise causada pela falta de patrocínio no evento) e 4 novas marcas (dessas, já sabemos da A. Brand e Amir Slama). E aí, o que você achou das novidades? Comente!
