Vamos pros anos 90: sai Siouxsie, sai Joan Jett, entra Courtney Love, musa do grunge. Mas a versão não é literal: nada das camisolas e do look boneca dark, e muito menos de xadrez. Ao som de “Skinny Little Bitch” do Hole, o negócio de Ale Brito continua sendo o couro roqueiro e a exploração do sexy dentro desse universo que o diferencia cada vez mais do trabalho das Gêmeas, de quem era assistente. Elas eram mais poéticas, ele é mais agressivo e sexual. E o que é novo no outono-inverno 2012? Metalizados coloridos, blazers como um substituto da jaqueta (ela continua lá, mas nada onipresente), e o neoprene como uma opção mais leve. A calça é justérrima, e a parte de cima geralmente mais ampla – o ombro agora é quadradão mas não naquele efeito ombreira. O resultado é uma silhueta caixa, que ele compensa com barriga de fora pra quebrar a sisudez. Ale cresce bastante o leque de possibilidades de suas criações a partir dessa coleção – e consequentemente cresce sua moda. Cada vez melhor! (Jorge Wakabara)
