Categorias: Desfiles

Weider Silveiro primavera-verão 2013/14

25.04.2013

Primeiro o cenário caprichado, coisa rara na Casa de Criadores, já chama a atenção. Assinado por Tom Escrimin,  é cheio de simbolismos: triângulo, olho em tela de LED. Um símbolo Illuminati e/ou maçônico conhecido dos fãs de teoria conspiratória, e pra alguns é simplesmente algo que aparece nas notas de dólar. Dinheiro, que compra tudo – será? Mas o tema do desfile em si é outro – será mesmo? O fetiche de Weider Silveiro nesta primavera-verão 2013/14 tem látex, o mais fino deles, em forma de alfaiataria mais solta (colaboração do especialista no material Walfrido Lima), mais flores delicadas e golas, ombreiras e clutches de resina assinadas por Marcio Krakhecke, num ótimo jogo de pesos e texturas. Afinal, o que seria o fetiche pra um canceriano como o Weider? E o que o dinheiro não compra? Romance: com arabescos (faz parte do que o estilista chama de minimalismo barroco), com florais. Vem sem nada justo, nada bondage, nada perverso – é na sensação táctil, no perfeccionismo, nas diferenças de pesos e em significantes escondidos que o desejo se revela, discreto. Nessa trilogia da “cegueira branca“, que começou na boa primavera-verão 2012/13, que Silveiro se mostra definitivamente como um dos nomes mais interessantes da Casa. Que venham mais. (Jorge Wakabara)

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