Osklen primavera-verão 2015/16

14.04.2015

Nem todo índio é brasileiro, nem todo índio é igual. Ontem tivemos os Yawanawá na Cavalera. E hoje? O povo Ashaninka, por exemplo, em sua maior parte vive no Peru, mas existe uma parcela da população no Brasil, mais especificamente na floresta amazônica. Mas o que é importante é perceber que, em suas particularidades e na exaltação da estética deles, com participação concreta dos nativos no processo criativo, o que acontece nesse desfile de primavera-verão 2015/16 da Osklen não é uma apropriação cultural e sim uma troca. Da parte de Oskar Metsavaht, ele acrescenta mais vocabulário no seu já rico universo criativo: as formas retas e simples se revelam mais interessantes quando vistas de lado, abertas, sensuais, sobrepostas.

A cartela de cor é simples e fechada: off white, vermelho, urucum, preto e palha. A palha de seda se mistura com as estampas de macropenas, as listras e os tricôs reciclados conversam, o resultado tem um clima boho chic diferente, mais original, bem longe dos anos 70 que pintou em geral. O acessório-desejo é a minibolsa de couro pirarucu vermelho sangue, praticamente uma carteira – ou a sandália-chinelo-alpargata franjada, também incrível. E o casting também é digno de moda, de Lu Curtis a Carol Ribeiro – muito bom e exato! (Jorge Wakabara)

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