Não se diz nada oficialmente, mas a sociedade que existia na Faven foi desfeita e Natália Pessoa, que sempre cuidou mais do estilo, agora transforma a marca conhecida pela malharia em homônima. O discurso oficial, aliás, garante que é um novo momento na marca, mas na passarela, que sempre foi bem colorida e com momentos de ousadia em silhuetas e sobreposições, isso não é tão perceptível assim. E tudo bem, já que o outono-inverno 2017 tem pegada, apesar de uma imagem bem voltada pra passarela, distante da rua. Uma variação de pesos e texturas, talvez, cairia bem – já a variedade de padrões (poá, losango, xadrez, quadriculado, onça) e cores é forte; a ideia da manga bufante que pinta com amarração no punho é bem interessante e fresca; a jaquetinha com pregas criando um pequeno volume no tronco cai bem; os bordados de linha trazem uma novidade bacana pro universo de Natália. É uma coleção inspirada em Carnaval cheia de sabores instigantes – perde uns pontos no quesito harmonia, mas deve ir muito bem no seu desdobramento comercial. (Jorge Wakabara)
