Lino Villaventura outono-inverno 2016

23.10.2015

Lino Villaventura é agênero antes mesmo deste termo ser tão falado como é hoje. Suas modelagens são mais guiadas pelo comportamento dos tecidos depois das nervuras criadas num trabalho muito delicado de ateliê, do que pensadas própriamente pra um tipo de corpo ou outro. E no fim tudo conversa de forma orgânica, natural. “Quando eu fazia ‘roupa de homem’ pra homem e de ‘mulher pra mulher’ ficava tudo meio disparatado”, ele diz enquanto aprova o ensaio de luz do desfile.

Então ele põe homens e mulheres na passarela sem categorizar nada, com seus tecidos estampados que depois são nervurados com linha e agulha criando desenhos – e que neste outono-inverno 2016 ainda ganham janelas de renda richelieu. Ele usa e abusa da dublagem de tafetá com tule de seda todo bordado, rebordado, com aplicações de couro de cobra entre um desenho e outro e outras formas feitas com soutache aplicado. Roupa ver ver de longe pelo alto teor performático que é tão característico de sua moda ou de perto, pra entender que tem muito detalhe por trás de tanta performance. (Aurea Calcavecchia)

Tags:                

Compartilhar