Gucci outono-inverno 2017/18

23.02.2017

O alquimista ataca novamente: Alessandro Michele compara seu trabalho com alquimia em texto distribuído pra imprensa no desfile de outono-inverno 2017/18 da Gucci apresentado na Semana de Moda de Milão, e deve mesmo haver alguma estranha, misteriosa ciência que faz com que seu universo criativo tenha tanto impacto e reverberação por tanto tempo e sem grandes mudanças na imagem de moda. O cerne continua sendo esse ar de brechó; a androginia; a atração pelo exótico tanto do passado (os anos 70 e 80 e séculos atrás, um gosto pós-moderno que descontextualiza e ressignifica símbolos, em combinações a princípio esdrúxulas mas que caem no gosto dos fashionistas) quanto da chinoiserie, da cultura jovem (o punk, o geek, a montação clubber). A excentricidade acentua a individualidade (além do casting de 120 modelos superdiferentes entre si, mas, é verdade, todos magérrimos). Existe tanta referência misturada que soa banal ficar apontando cada uma – o todo, esse caldeirão fervilhante e atrativo de ideias, que ressoa. Mas, enfim: tem a pochete que todo mundo vai querer (sim, ela finalmente pegou, pensem os detratores o que quiserem), tem o monograma GG, tem os vestidos que com certeza vão aparecer nos próximos tapetes vermelhos, tem o metalizado, tem jeans, tem os bichos que Michele adora (borboleta, mariposa, felinos) e tem muita, muita flor (as estampas florais, aliás, vem dos arquivos de lenços da casa florentina). Confira mais na galeria!

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