Raf Simons parece ter relaxado, no bom sentido, em seu cargo como diretor criativo da Dior neste outono-inverno 2014/15. Isso porque esta coleção tem mais a ver com o trabalho dele do que suas últimas que, embora bem recebidas, ainda traziam uma experimentação tímida entre as origens do belga e a tradição da casa francesa. Ele foca numa alfaiataria bem feminina com casacões por cima de terninhos e paletós com saias, em cartela superpop dos neutros ao pink, verde bandeira e amarelo vivo. Surge o matelassado amplo num vestido curto, o cachecol maximalista em cima do vestido vermelho com paletó bordô, o colete amarelo comprido e sem mangas (tendência deste inverno) e os ótimos casacos com mangas até o cotovelo em azul e verde.
Os bordados são bem pontuais (lembram broches unindo tecidos) e acompanham as aberturas de vestidos que deixam aparecer as peças de baixo, como no look verde e rosa ou no vermelho e azul, que combinam feminilidade, esporte e silhuetas de décadas diferentes – lindos e modernos. E junto desse trabalho artesanal com pedraria aparecem os cadarços, arrematando recortes com ilhoses em mais um golpe de mestre de Raf que permeia toda a coleção.
Sapatos são uma assinatura forte da direção dele desde a Jil Sander e nesta temporada misturam mais do que nunca as solas de tênis com escarpins com tiras nos tornozelos, num desenvolvimento do verão e combinando com os cadarços das roupas. E se o tênis da Dior é um escarpim poderoso de salto, seus vestidos de festa são variações paetizadas de camisetas, abraçando ainda mais o esporte na festa. Galeria imperdível – clica pra ver!
