Dior alta-costura primavera-verão 2015

27.01.2015

Ziggy Dior-dust! No pré outono-inverno 2015/16 apresentado em Tóquio, Raf Simons apresentou um futurismo diferente, se referindo aos anos 60 mas com um gosto forte de Dior (ou seja, de anos 50) na boca. Agora, na alta-costura, ele reverbera isso tendo como base 3 décadas (anos 50, 60 e 70) sem fazer o blend parecer uma salada sem sentido – isso porque ele a permeia com o espírito do homem que, antes de Madonna, é um camaleão pop que conseguiu transformar a fragmentação da personalidade típica dos anos 70 em arte mostrando múltiplos dele mesmo (e fazendo disso sua principal característica).

Assim, a maior referência do desfile na verdade atende por Kansai Yamamoto, que criou figurinos pra Bowie em uma das fases mais marcantes esteticamente do artista. As listras metalizadas do macacão com a perna redonda e gigante aparecem, assim como os próprios macacões justinhos e coloridões (aqui de duas pernas, no lugar do macacão de uma perna só de Ziggy), e uma releitura das capas (no desfile elas são mais “caretas” na modelagem, com manga, e transparentes). Tudo tem um certo ar excêntrico de figurino de estrela do rock, à neoglam. Plush pink, plástico (em “tecido” e em estampa plastificada), borracha, guipure. A saia ampla à New Look convive lado a lado com a sobreposição de macacão justo com minissaia. Estampa psicodélica à Pucci conversa com as ilhoses bem Cardin no ventre unindo fendas engana-mamãe. Patchwork está em alta? Então, eis aqui um patchwork de referências!

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