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Syd Barrett, o artista plástico

10.04.2011

Syd Barrett é um nome que você conhece – mas talvez mais pela faixa “Shine On You Crazy Diamond” do que pelas razões que o trouxeram até esse post (a música icônica do Pink Floyd foi feita em homenagem a ele, que foi o frontman da formação original da banda por pouco mais de 2 anos). Ele morreu em 2006, mas é em 2011 que seu nome volta a aparecer: é hoje (10/04) o último dia da exposição “Syd Barrett: Art and Letters” na Idea Generation Gallery, em Londres, que reuniu a produção artística do músico pela primeira vez.

ReproduçãoSyd Barrett, o artista plástico

É que depois de seu afastamento da banda, da psicodelia e de um disco solo ou outro, Syd Barrett passou por uma bagunça mental e levou uma vida reservada em Cambridge. Lá, voltou a se dedicar a pintura (ele foi formado pelo Camberwell College of Arts), o que faz de sua obra algo sem nenhuma influência direta de movimentos artísticos, oferecendo a quem a aprecia um olhar sobre seu próprio universo. A ideia da exposição veio assim: o cineasta Russell Beecher havia feito um documentário sobre a contracultura britânica (“A Technicolor Dream“, 2008) e, no meio de sua pesquisa, encontrou registros da produção artsy do músico, que o motivaram a fazer um livro sobre o assunto. Logo depois, o jornalista Will Shutes escreveu um artigo sobre o tema e o texto chamou a atenção do colecionador de arte Brian Wernham, que já tinha vontade de juntar o material e fazer disso uma exposição. Juntos, fizeram acontecer (e daí que a exposição acompanha o lançamento do livroBarrett“, com uma retrospectiva visual da vida de Syd).

Na exposição foram reunidas cerca de 50 pinturas com técnicas como tinta, nanquim e aquarela sobre diversas superfícies + fotografias + cartas antigas enviadas a namoradas de sua juventude (e que já mostram o potencial criativo de compositor dele). Com grandes telas abstratas ou pequenas naturezas-mortas de pegada impressionista, as obras estão misturadas sem muito critério, sem que haja uma ordem cronológica. Isso tem a ver  com o fato de que Barrett tinha o costume de fotografar suas obras e depois destruí-las, fazendo do que está exposto uma reunião artística muito, mas muito especial. Conheça na galeria algumas das obras.

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