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Pier Balestrieri, da sala de desfile para a sala de estar

02.11.2009

Pier Balestrieri é formado em arquitetura e urbanismo – mas se engana quem acha que foi esse o motivo pelo qual teve longas reuniões com a CET. Ele é um cenógrafo a serviço da moda, e foi por ela que fechou as duas pistas da rua Augusta, desviou linhas de ônibus e montou uma arquibancada lá, onde Marcelo Sommer mostrou sua coleção de outono-inverno 2004.

Esse foi apenas um dos muitos projetos cenográficos que assinou para desfiles de moda. Em se tratando de Sommer (que, diga-se de passagem, foi seu coleguinha de escola), muitos mesmo: ele trabalhou ao lado do estilista em outras apresentações marcantes, incluindo a de outono-inverno 2006, onde fez chover na sala 1 do prédio da Bienal. Dois caminhões-pipa bombeavam a água, que escorria numa piscina debaixo na passarela – como diz Pier, “não podia ser uma chuvinha, tinha que ser uma torrente”. E quem se lembra da primavera-verão 2005 de Alexandre Herchcovitch? Foi Balestrieri que fez daquelas 30 mil flores coloridas um cenário. E então, um outro caminhão na porta do SPFW, climatizado para que as flores não murchassem antes do show (fotos na galeria). Mais: lounges nas semanas de moda, ambientações para eventos fashionistas (como a chegada de Louboutin por aqui + os 50 anos da Barbie) e exposições de arte estão inclusas em seu CV.

A novidade é que a lista das coisas que ele ainda não fez acaba de ficar menor. Pier lança agora sua marca de objetos de decoração, com o (incrível!) nome “Homem Objeto” – um deles estava até no Prêmio Moda Brasil. A idéia é reciclar itens que já existem, os transformando com novos materiais. “Sempre tive essa vontade. Olhava para um vaso e tinha vontade de fazer dele uma luminária”, explica. E é isso que ele está fazendo, com uma estética retro-futurista. Por exemplo: o tecido que forrava os bancos da companhia aérea Transbrasil vira a cúpula de um abajur; uma ilustração esquecida numa gaveta vira um papel de parede inesperado. Primeiro foram feitas algumas luminárias (mas pode esperar por mesas, biombos e poltronas mais pra frente). “Quero ter uma produção significativa antes de abrir uma loja ou showroom. Enquanto isso, meu retorno é continuar viajando e garimpando coisas, que é o que eu mais gosto de fazer”, conta. Nesse esquema de produção, as peças ganham aspecto exclusivo. Além de feitas uma a uma, ainda recebem nome próprio – Yuri, Fernando e Adriano são nomes de homem, mas na concepção de Pier, são homens-objetos. Quer saber como comprar? Entre em contato pelo site dele!

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