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Bico Stupakoff, o fotógrafo

09.03.2011

Bico Supakoff é fotógrafo e é filho de Otto Stupakoff. A ordem dos fatores não altera o resultado nessa operação, uma vez que ele faz parte do time da boa fotografia brasileira. Da sua 1ª câmera fotográfica (uma Nikon F, que era acompanhada pelo fotômetro Luna Six) até seu iPhone, Bico usa ferramentas diferentes pra trabalhar – e esse foi o motivo pelo qual Blog LP foi checar os créditos de uma campanha feita inteiramente com iPhone e encontrou seu nome! Confira a seguir trechos de nossa entrevista com ele.

Quando você começou a trabalhar com foto? E como?
Comecei a trabalhar com foto quando tinha 18 anos em SP, assistindo o fotógrafo Lew Parrela, da “Vogue“. Nas horas em que não estávamos fotografando, ele me pediu pra mostrar as minhas fotos e um dia me disse que eu seria bom em esporte. Fui trabalhar pras revistas “Quatro Rodas” e “Duas Rodas“, onde fiz a 1ª matéria de motocross publicada numa revista brasileira. Quando fiz 20, fui pra NY trabalhar de assistente do meu pai que, depois de 1 ano, me disse pra cair no mundo, viver experiências e observar a beleza em todas as coisas. Trabalhei 8 anos de assistente pra Bruce Weber, Dominique Issermann, Frank Horvat e muitos outros; era chamado pela Condé Nast pra ajudar os fotógrafos que vinham da Europa porque falava 5 línguas.

Você trabalhou com moda. Como foi parar nessa área da fotografia?
A minha 1ª foto saiu na revista “Glamour” e a minha 1ª matéria foi pra revista “GQ“, quando a diretora de arte era a Mary Shannahan. Depois disso foi uma avalanche: “Elle“, “Marie Claire“, “Rolling Stone“, “Vanity Fair“, “Allure” e muitas outras. Vim ao Brasil algumas vezes trabalhar com o Andrea Carta e fiz 2 números inteiros da “Vogue” de capa a capa, um sobre o Amazonas e o outro sobre a Bahia.

E tem também as fotos com iPhone. Como você vê a relação digital vs. analógico na fotografia e as influências da tecnologia nisso tudo?
Fiz a campanha da marca Flor com um iPhone porque em parte todos fotografam com a mesma câmera Canon 5D e eu estava procurando algo diferente, mais divertido, que poderia ter um resultado instantâneo sem tratamento; queria poder criar uma imagem do momento em vez de criá-la depois em um computador… A Flor topou uma ideia que já queria fazer há mais de um ano. Acabo de fotografar a primeira “Playboy” com iPhone e tenho mais umas matérias em vista, já estou à procura de outros meios pra criar imagens também.

Em que medida você foi influenciado pelo trabalho do seu pai?
Aprendi muito com meu pai, fui o único filho a trabalhar na mesma carreira. Trabalhei e viajei muito com ele, era um grande aventureiro. Tive a sorte de conhecer ele como pai e como amigo fora de casa, me ensinou a enxergar muita coisa, tinha muito pra dar. Sinto muitas saudades de poder compartilhar as brincadeiras.

Quando você começou a trabalhar com foto? E como?

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