Categorias: Moda

Um conto de ano novo de Michelli Provensi

03.01.2011

Pra quem não sabe, a modelo Michelli Provensi gosta de escrever – além de ser supercarismática! Blog LP já contou com a colaboração dela algumas vezes. E agora, recebemos o conto de ano novo que Michelli fez por e-mail e achamos tão divertido – e a cara dela – que resolvemos publicar! Confira!

Sonhei que estava preta e durinha…
Olhei na minha frente um tapete preto e branco, preto e branco sem fim, e por um segundo achei que estava em alguma homenagem ao Corinthians. Olhei para o lado e vi outros caras iguaizinhos a mim. Nisso um cavalo pulou por cima da minha cabeça e parou com seu traseiro na minha frente. Senti uma movimentação acontecer do meu lado mas continuei sem ver nada até o corcel negro sair de perto. Fui caminhando devagarinho com um amiguinho ao meu lado sempre, até que veio um bispo de batina de Réveillon e o comeu. Vi a rainha linda de branco lá na frente e andei em sua direção pra ver se descolava um convite pro casamento do príncipe William, nisso ela saltou para o lado e veio um agente da Scotland Yard disfarçado de rei e me deu cheque mate. Realmente sem penetras na cerimônia… Achei que acordaria no céu quando…

ReproduçãoSenhorita Rosa…

Abri meus olhos: estava na sala de jantar com um castiçal na mão e uma senhora vestida de rosa morta no chão. Sem entender nada, fui para a cozinha onde encontrei Capitão Mostarda com uma corda no pescoço pronto para se enforcar. Apareceu Senhor Marinho que disse, se ajoelhando: “Não faça isso, Mostardinha, não quero ver você virar catchup, foi ela quem matou Senhorita Rosa!”. Corri sem entender nada – mal tinha chegado e estavam me acusando de assassinato? Passei pelo salão de jogos e, quando cheguei na biblioteca, lá estava Dona Branca com um revólver apontado em minha direção.
– Qual a diferença entre nós, Miss Black?
– Eu sou corinthiana e você santista?
– Errado, hahahah, sou a ausência de todas as cores enquanto você é a ausência de luz! Siga a luz, Miss Black!
“Morri de novo”, pensei, “agora vou para o céu”, quando…

ReproduçãoJogo da Vida

Um caminho de serpentina nos meus pés gritava a frase: “Você deve impostos, pague metade de seu salário”. Fom-fom! – fui atropelada por um casal de azul e rosa num veículo de plástico vermelho.
– Hey, não tem peão preto neste jogo, paga logo este imposto que queremos chegar no dia do pagamento!
Fugi pelo acostamento do tabuleiro até o jogo acabar e todo mundo voltar quietinho pra mesma caixa.

Moral da minha história: todo jogo tem o mesmo final pra quem tá dentro dele. O esquecimento e o escuro da caixa. Vamos viver mais e jogar menos, ser mais objetivos. Jesus Cristo disse pra não ser morno, escolha o quente ou o frio. Sábio é o manezinho: “Se queres, queres, se não queres, dizes e segue reto toda vida!”

Tags:        

Compartilhar